Dermatologista alerta sobre os perigos das queimaduras por água-viva

Quem já não entrou no mar e sentiu aquela queimação causada por uns tentáculos da água-viva? As pessoas que já passaram por essa experiência podem garantir que não é nada agradável. Mas o que muitos não sabem é sobre os perigos que essa medusa pode causar.

De acordo com a dermatologista do sistema público de saúde do município, Paula Cardoso, em caso de queimaduras a medida mais eficiente é colocar uma pasta com vinagre e farinha de mandioca, maisena ou bicarbonato de sódio: “ Não se deve passar nenhuma outra substância ou líquido, nem lavar com água corrente, pois corre o risco de piorar a lesão”, explica.

Em casos de queimaduras múltiplas o mais recomendado é ir ao hospital: “o paciente pode desenvolver um processo alérgico, levando a choque ou mesmo parada cardiorespiratória, além disso, às vezes torna-se necessário analgésicos mais fortes que devem ser administrados em hospital”, salienta a médica.

Esses tipos de queimaduras não costumam deixar marcas ou lesões, mas no momento da queimação a pessoa pode apresentar sintomas passageiros como: náuseas ,vômitos, dor de cabeça e tonturas.

Nos casos mais graves, de lesões múltiplas, os sintomas podem chegar a falta de ar, inchaço de boca ou olhos e desmaios.

Saiba mais sobre a água-viva

A água-viva vive principalmente no oceano, mas, na verdade, ela não é um peixe, e sim um plâncton. Estas plantas e animais flutuam na água ou têm capacidades de nado tão limitadas que as correntes controlam seus movimentos horizontais. Alguns plânctons são organismos unicelulares microscópicos, enquanto outros são enormes. A água-viva pode medir de menos de 2,5 cm a cerca de 2m, com tentáculos chegando até a 30,5 m de comprimento.

A água-viva também faz parte do filo Cnidários, (da palavra grega “urtiga que queima”) e da classe Cifosoários (da palavra grega “xícara”, referindo-se ao formato do corpo da água-viva). Todas as espécies cnidarianas têm uma boca no centro do corpo, e envolvida por tentáculos. Os parentes cnidarianos da água-viva incluem corais, anêmonas do mar e a caravela-portuguesa.

A água-viva é composta por cerca de 98% de água. Se ela encalhar na praia, praticamente irá desaparecer à medida que a água evaporar. A maioria é transparente e tem o formato de um sino.

A água-viva é carnívora, ou seja, ela come outros animais. As águas-vivas menores comem algas e outros plânctons minúsculos, chamados zooplânctons. As águas-vivas maiores comem crustáceos e outros animais aquáticos grandes. Ela não procura pessoas para atacar porque seu sistema nervoso é simples demais para isso. Sua fisgada é um mecanismo de defesa e uma forma de capturar a presa.

Fonte: www.ciencia.hsw.uol.com.br