Praça do mosaico petit-pavé no Mar Grosso não terá mais espaços vazios

“Tomara que não tirem mais as pedrinhas”, comentou ao passar pela praça Arquimedes Faria, a aposentada Fátima Pires, 76 anos, se referindo ao vandalismo. Ela percorre o espaço para as suas caminhadas matinais. A Secretaria de Obras, através de calceteiros, está revitalizando o local, no Mar Grosso. São nove deformações do mosaico. O trabalho vai durar umas semanas. Atividade minunciosa, um quebra-cabeça para acompanhar o desenho, não descaracterizando a obra.

 


Popular praça do mosaico, está localizada na entrada do bairro Mar Grosso. Ganhou notoriedade a partir de 2001, quando a artista plástica paulista Carmela Gross, recebeu um prêmio cultural com a proposta de transformar o espaço numa grande intervenção artística, usando petit-pavé, as pedrinhas que a aposentada citou.

 

 


O grande mosaico é denominado “Fronteira Fonte Foz”, e retrata através das pedras, uma representação da maré no espaço, em que os rios da principal bacia fluvial de Laguna, a bacia do Rio Tubarão, encontram o Oceano Atlântico. A arte ao fenômento urbano está evidenciada na praça, lembra as ondas do mar, assim como, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.

 

 

A proposta é revitalizar e manter a obra sem ações de vandalismo. Estacionamento e uso do espaço para outros fins terá uma maior fiscalização do Governo Municipal.

 

 


A técnica de pavimentação de petit-pavè, o mosaico português, é um método de pavimentação muito antiga. O petit-pavè chegou ao Brasil em 1905, trazido pelos colonizadores portugueses, iniciando a arte calceteira em Manaus e no Rio de Janeiro.

 


Ao lado da praça será colocado um pórtico de sinalização turística, recursos do Ministério do Turismo, somados aos 16 outros que serão instalados no município. No Mar Grosso mais dois, um  nos Molhes e outro na avenida principal.

 

Nesta quinta-feira, a equipe da Frente de Trabalho esteve limpando a praça ao lado, a João Pinho, com roçadeiras e corte da grama.