Intervenção para o local do antigo sino do Museu é discutida

Dentro da programação da 12º Primavera dos Museus, nesta quarta-feira, dia 19, ocorreu a reunião da comissão de avaliação da intervenção do sino do Museu Histórico Anita Garibaldi.

 

No local para rememorar a questão que ali houve um sino furtado, uma intervenção será colocada contando a história, com a preocupação de não substituir o objeto.

 

Estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo da Udesc apresentaram propostas que foram avaliadas pela comissão formada pela Iphan, arquitetos, representantes da Fundação Lagunense de Cultura e Gerência de Comunicação.

 

O objetivo foi dar continuidade as discussões levantadas pelo Seminário “Segurança e Ressignificação de Acervos: Estudo de Caso o Sino do Museu”, organizado pela Fundação Lagunense de Cultura em maio deste ano.

 

O sino foi furtado em agosto de 2016, do alto da escada do Museu Histórico Anita Garibaldi, que supostamente, seria do período colonial de Laguna, por volta do século 17. 

 

A museóloga Mirella Honorato, da Fundação Lagunense de Cultura, juntamente com a comissão, irá elaborar atividades de educação patrimonial e outras propostas.

 

“A história do furto do sino não será esquecida, servirá como exemplo”, disse.

 


Falso histórico

 

O Iphan de Laguna elaborou um parecer técnico sobre o caso e apresentou no seminário. No documento, a não substituição do sino é enfatizada, o contrário iria ocorrer uma caracterização de um falso histórico.

 

O objeto roubado possui um valor simbólico para a população lagunense. O sino não se trata de um bem tombado, pois não fora mencionado em nenhum momento no processo de tombamento.

 

A instalação de um novo sino, semelhante ao anterior induz ao esquecimento do roubo do sino, que deve ser reconhecido e lembrado por todos como uma ação educativa, sobre a perda de bem com valor simbólico e afetivo, que remetia aos usos e atividades cotidianas do passado, afirmou o Iphan, na época do seminário.