Visitantes vão chegar de trem para conhecer Laguna

Depois de décadas do último desembarque de passageiros em Laguna, ocorrido nos anos 70. Um passeio de Maria de Fumaça, vai chegar neste sábado, dia 13, de Tubarão, em Barbacena. A ideia é resgatar lembranças pela estrada de ferro Dona Tereza Cristina, construída em 1884.

 

O museu ferroviário da cidade vizinha promoverá o passeio, com ingressos breviamente comprados, estão sendo esperados 170 visitantes. Previsto de chegada ás 10h e saída 17h30min.

 

Além de apreciar a bela paisagem de região, o trajeto de cerca de 90 minutos terá apresentações culturais, resgate de elementos históricos e interação com os passageiros. Maria Fumaça assim são chamadas as locomotivas a vapor e diesel na tração de vagão em madeira.

 

O guia de turismo, Antônio Carlos, vai recepcionar os turistas com histórias e memórias. O transporte do local de desembarque até o centro histórico será feita pelas populares “jardineiras”, carro aberto para os visitantes apreciarem a paisagem. Museu, feira de artesanato e restaurantes estão na programação. O evento conta com apoio da Secretaria de Turismo e da Fazenda.

 

A expectativa é promover outros passeios até o final do mês.

 

 

História da Estrada de Ferro no sul de Santa Catarina

 

The Donna Thereza Christina Railway Company Limited (EFDTC) foi uma ferrovia construída por ingleses no sul de Santa Catarina, entre os anos de 1880 e 1884, especialmente para transportar carvão mineral, extraído inicialmente da região de Lauro Müller.

 

Em 1861, o Segundo Visconde de Barbacena, Felisberto de Caldeiras Brand e Pont requereu do Governo o direito de exploração e “em 1874 conseguiu do Império a autorização para construir uma ferrovia que tomasse a seu cargo o transporte do carvão de Santa Catarina, aos portos de embarque de Imbituba e de Laguna. Nesse mesmo ano e mês, o contrato favorecia a concessão da Estrada num prazo de oitenta anos.” ( Trechos do livro de Walter Zumblick, “Tereza Cristina – A Ferrovia do Carvão”).

 

Porém, o prejuízo decorrente iniciou o desinteresse dos investidores ingleses na região, aliado à baixa qualidade do carvão catarinense. Estes fatos culminaram com a desistência dos ingleses. O governo brasileiro, em 1902, tomou posse da estrada.

 

A sede da ferrovia, estabelecida em Imbituba, foi transferida para Tubarão, no ano de 1906, onde se mantém até os dias de hoje.

 

No ano de 1997, a ferrovia foi concedida por 30 anos para a iniciativa privada.

 

Tem uma malha ferroviária de 164 km, o menor corredor ferroviário brasileiro, a FTC passa por 14 municípios (Imbituba, Laguna, Pescaria Brava, Capivari de Baixo, Tubarão, Sangão, Jaguaruna, Içara, Criciúma, Siderópolis, Morro da Fumaça, Cocal do Sul, Urussanga e Forquilhinha).

 

Com 10 locomotivas e 447 vagões, a FTC leva aproximadamente 200 mil toneladas por mês dos pontos de extração de carvão até o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo. O trem também costuma carregar 60 contêineres por dia entre o Porto de Imbituba e o Terminal Intermodal Sul, em Criciúma.

 

Também promove passeio com transporte de passageiros, promovido pelo Museu Ferroviário de Tubarão.

 

Edição: jornalista Taís Sutero MTB-1796

Fonte: www.ftc.com.br