Orientações sobre meningite. Manter os locais ventilados.

Casos de meningite na região colocou pais, professores, gestores e poder público em alerta.

 

Na Secretaria de Educação, de acordo com a secretária Janaina Preve, está sendo orientado manter os ambientes bem ventilados e, se possível, ensolarados, principalmente salas de aula e locais de trabalho; lavar as mãos frequentemente com água e sabão; manter rigorosa higiene com pratos, talheres, mamadeiras e chupetas.

 

Aulas continuam normalmente. Não há registro de casos em Laguna.

 

Equipes da Diretoria de Vigilância Epidemiologia (DIVE/SC) divulgaram informações e orientações sobre medidas de prevenção.

 

 

 

O que é meningite?

 

A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. É uma doença contagiosa que pode ser causada por vírus, bactérias, fungos, entre outros agentes infecciosos. Também pode ser causada por agentes químicos, como medicamentos

 

 

Quais são osprincipais tipos de meningite?

 

Os principais tipos são: a viral e a bacteriana.

 

 

Qual a diferença da meningite viral para a bacteriana?

 

A meningite viral costuma ser caracterizada, em sua maioria, por um quadro clínico benigno, isto é, menos grave. Geralmente, não há tratamento específico. A grande maioria dos pacientes se cura sem sequelas. Os sintomas assemelham-se aos de viroses mais comuns, como febre, diarreia e dor de cabeça, além de rigidez na nuca. Já a meningite bacteriana costuma ser mais grave e, dependendo dos casos, pode levar o paciente à morte em algumas horas após o aparecimento dos sintomas. Várias bactérias podem provocar meningite, porém o tipo mais grave é a causado pela bactéria chamada neisseria meningitidis(meningococo). Essa bactéria possui diversos sorogrupos. Em Santa Catarina, os sorogrupos circulantes são o B, C ,Y e W.

 

 

Qual a diferença entre meningite e doença meningocócica?

 

A neisseria meningitidis(meningococo) é o nome de uma bactéria que causa meningite e meningococcemia. Ambas são denominadas doenças meningocócicas. Meningite é a inflamação das meninges no cérebro, e a meningococcemia é quando a bactéria se espalha pelos diversos órgãos do corpo. Alguns pacientes podem ter as duas formas de apresentação da doença meningocócica. O contágio se dá por via respiratória. Se o paciente é tratado precocemente, tem uma resposta boa. Porém, a doença evolui muito rapidamente, podendo levar à morte em horas

 

 

Quais os principais sintomas da meningite?

 

Os principais sinais e sintomas são: febre alta que começa abruptamente, dor de cabeça intensa e contínua, vômito, náuseas, rigidez de nuca e manchas vermelhas ou arroxeadas na pele ou mesmo hematomas. Em crianças menores de um ano de idade, esses sintomas podem não ser tão evidentes e os pais ou responsáveis devem atentar para a presença de moleira tensa ou elevada, irritabilidade, inquietação com choro agudo e persistente e rigidez corporal com ou sem convulsões.

 

 

Qual é a forma de contágio?

 

Nem toda meningite é transmissível, mas dentre astransmissíveis, o contágio se dá, geralmente, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Por isso, os casos da doença costumam aumentar nos meses de frio. Tosse, espirro, beijo e compartilhamento de itens pessoais podem transmitir as meningites. Nas meningites virais, também tem papel importante a transmissão fecal-oral – quando o vírus é eliminado nas fezes de um paciente, contamina a água ou alimentos, e pode entrar em contato com outra pessoa através das mãos.

 

Como tratar?

 

Primeiro de tudo, deve-se procurar atendimento médico. Após a avaliação médica e análise preliminar de amostras clínicas do paciente, este ficará internado e receberá tratamento de acordo com o agente causador da doença. No caso de meningite bacteriana, o tratamento será realizado com antibióticos específicos.

 

Como se prevenir?

 

Há diversas formas de prevenção. Entre elas: manter os ambientes bem ventilados e, se possível, ensolarados, principalmente salas de aula, quartos, locais de trabalho e transporte coletivo; lavar as mãos frequentemente com água e sabão; manter rigorosa higiene com pratos, talheres, mamadeiras e chupetas; e evitar aglomerações.

 

Além disso, é de extrema importância manter a carteira de vacinação em dia. No calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização estão disponíveis:

 

– Vacina Pentavalente: previne difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e meningite e infecções por HiB Crianças: 1ª dose (2 meses) / 2ª dose (6 meses) / 3ª dose (6 meses)

 

– Vacina Pneumocócica 10 valente conjugada: previne pneumonia, otite, meningite e outras doenças causadas pelo pneumococo Crianças: 1ª dose (2 meses) / 2ª dose (4 meses) / reforço (12 meses)

 

– Vacina Meningocócica C conjugada: previne doença meningocócica C

 

Crianças: 1ª dose (3 meses) / 2ª dose (5 meses) / reforço (12 meses) Adolescentes: reforço ou dose única entre 11 e 14 anos

 

– a vacina BCG: previne as formas graves de tuberculose, principalmente miliar e meníngea

 

Crianças: dose única ao nascer

 

Ao ser detectado um caso da doença meningogócica, a vigilância epidemiológica realiza a quimioprofilaxia – administração de medicamentos capazes de prevenir a infecção – nos contatos próximos – moradores do mesmo domicílio, indivíduos que compartilham o mesmo dormitório (em alojamentos, quartéis, entre outros), comunicantes de creches e escolas, e pessoas diretamente expostas às secreções do paciente – evitando assim a transmissão para mais pessoas.

 

 

Onde se vacinar?

 

As vacinas estão disponíveis gratuitamente na rede pública de saúde.

 

A meningite pode atingir pessoas de qualquer idade?

 

Sim. Crianças, adultos e idosos podem contrair meningite. O maior risco é no primeiro ano de vida.

 

Fonte: DIVE/SC