Gerência de Bem Estar Animal recolhe cães que representam perigo e Secretaria de Saúde esclarece como proceder após ataques
A Vigilância Epidemiológica Municipal e a Gerência de Bem Estar Animal vem esclarecer a população sobre como proceder e o correto encaminhamento de situações relacionadas a ataques de cães e/ou gatos de rua em humanos.
Primeiramente, a Vigilância Epidemiológica Municipal esclarece que não há nenhum caso de animal contaminado com o vírus da raiva na cidade.
Devido a alguns ataques que ocorreram nesta semana em moradores da cidade, por cães que vivem na rua, a Gerência de Bem Estar Animal recolheu nesta sexta-feira (26) dois cães do centro histórico e encaminhou para castração. Um terceiro também terá o mesmo direcionamento, que atacou nas proximidades do Colégio Stella Maris.
Como proceder após o ataque de cães e/ou gatos?
Ao ser mordido por algum animal o primeiro passo é lavar o ferimento com água e sabão. Depois procure imediatamente uma unidade de saúde ou vá diretamente à sede da Vigilância Epidemiológica, localizada na unidade central, em frente à Fonte da Carioca.
Na unidade de saúde é feita a triagem sobre a necessidade de tomar a vacina antirábica. Dependendo da gravidade dos ferimentos procure a emergência do hospital.
“A avaliação consiste em coletar informações sobre o animal, se é de rua ou não, e se há possibilidade de observá-lo por um período de dez dias. Se o cão manter normalidade nesse período, não há necessidade da vacina. Se o animal morrer, precisa vacinar”, explica a bióloga da Vigilância Epidemiológica do Município, Liege Rosa .
Quando não é possível fazer essa observação do animal, e dependendo da gravidade dos ferimentos, a vacina é aplicada. São quatro doses no total, num período de 14 dias.
A vigilância epidemiológica do município é o setor responsável pela confirmação desta triagem e por decidir pela vacinação da pessoa. Todos os casos são registrados para controle.
Mais informações: 3644-2378 / Horário de atendimento: 07 às 13h
O que diz a lei sobre a responsabilidade de animais soltos:
Pessoas que deixarem seus animais soltos em vias públicas podem responder por crime e/ou contravenção penal. Essa análise dependerá de cada caso.
O simples ato de deixar os animais soltos, considerando nesse caso, tanto cachorros quanto animais de grande porte ( bovinos, equinos, etc…), se enquadra na “Lei de Contravenções Penais”. Conforme o Art. 31º dessa lei:
“Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar com a devida cautela animal perigoso:
Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa.”
Nos casos em que esses animais “mordem” ou causem “qualquer lesão” em pessoas que, os donos podem responder, além da contravenção penal, por crime de Lesão corporal, tipificado no Código penal no seu Artigo 129:
“Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena – detenção, de três meses a um ano.”
10 cuidados básicos com os animais de estimação
Antes de adotar ou mesmo comprar um animal de estimação, é preciso ter em mente que os cuidados necessários para oferecer uma vida de qualidade aos bichinhos vão muito além do que providenciar água, comida e um teto.
1. Proteção
É dever do proprietário proteger seu animal do sol e da chuva, além de impedir que os bichinhos fujam ou saiam sozinhos na rua. Assim, evitamos brigas, atropelamentos, envenenamentos e crias indesejáveis.
2. Alimentação
Oferecer sempre uma ração de boa qualidade, respeitando as características de cada animal e faixa etária (ração de filhote, adulto e idoso). E sempre disponibilizar água limpa e fresca.
3. Castração
A castração é sempre aconselhável quando não se quer um filhote. Com isso, evitamos superpopulação, abandonos, doenças uterinas, neoplasias (câncer), doenças prostáticas, agressividade e marcação de território.
4. Passeios e brincadeiras
Animais também precisam de atenção e carinho. Por isso, é necessário passear regularmente com os cães e brincar com brinquedos. Desse modo, estimulamos tanto a parte física quanto a psicológica, ajudando a prevenir doenças causadas por estresse e obesidade.
5. Vacinação
Cães e gatos possuem um esquema vacinal de acordo com sua espécie e características individuais. Geralmente, a vacinação é anual e só pode ser realizada por um médico veterinário. As vacinas previnem doenças graves que podem levar o animal à morte, bem como doenças que podem ser transmitidas para os humanos (zoonoses).
6. Controle de parasitas
Os donos ainda devem ficar atentos com infestações de pulgas e carrapatos, que podem transmitir doenças graves para os animais e humanos.
7. Vermífugos
Assim como as vacinas, os vermífugos são muito importantes, pois os parasitas intestinais (vermes) podem comprometer a saúde dos animais, levando ao emagrecimento, à queda de pelos, anemias e zoonoses.
8. Higiene bucal
Cães e gatos também precisam escovar os dentes, mas com produtos veterinários específicos. Doenças periodontais, além de causar o desagradável mau hálito, prejudicam a alimentação, causam dor e as bactérias da boca podem se desprender e causar lesões em outros órgãos.
9. Banhos e escovação
Nos cães, o ideal é dar banho a cada 15 dias. Já nos gatos, este intervalo deve ser maior. Os banhos devem ser com produtos veterinários e com mínimo de estresse possível. Durante estes momentos, você observa melhor seu animal e, assim, pode notar algo diferente ou errado.
10. Visitas ao veterinário
É de grande importância realizar, pelo menos, uma vez ao ano uma consulta com o veterinário. Muitas doenças podem ser evitadas com a prevenção. Esteja sempre atento a qualquer mudança de comportamento ou hábito do seu animal, pois isso pode sinalizar doenças.