Laguna e a riqueza de seus patrimônios naturais
Laguna possui um patrimônio único no Brasil, e também, no mundo: os botos pescadores! De acordo com o biólogo e diretor do Instituto Boto Flipper, Arnaldo Russo, pela forma estruturada e organizada socialmente, e pela intensidade de como acontece, essa cooperação entre pescadores e botos só ocorre em Laguna, em todo o mundo. A atividade recebeu o título de Patrimônio Cultural e Imaterial de Santa Catarina e, por lei, é Patrimônio Natural do Município.
A pesca com auxílio dos botos traz benefícios para o turismo e pescadores da cidade, que possui o título de Capital Nacional dos Botos Pescadores.
A população local de botos é de apenas 47 indivíduos (Espécie: tursiops truncatus), que vivem na Lagoa Santo Antônio dos Anjos e beneficiam diretamente cerca de 500 famílias de pescadores do município. Indiretamente muitos outros grupos, como empresários, guias de turismo e moradores, são beneficiados com o turismo. A atividade atrai muitos turistas e curiosos.
Praias únicas
Laguna é a cidade que possui o maior número de praias no litoral sul de Santa Catarina. Ao todo são 20 praias com diferentes características e para todo tipo de público.
A região da ilha, por exemplo, concentra as praias mais desertas e com vegetações exuberantes. O trecho de aproximadamente 20 quilômetros de extensão reúne baías com belezas únicas, onde é possível encontrar águas cristalinas, vegetação preservada, dunas, ilhotas e sambaquis.
Pedra do Frade
O monumento que desafia as leis da gravidade é outro patrimônio natural da cidade e também ponto turístico. Localizado no Morro da Praia do Gi, possui cerca de 30 toneladas em nove metros de altura e cinco de diâmetro. O monumento, segundo relatos de historiadores, foi considerado o primeiro marco oficial do Tratado de Tordesilhas, acordo assinado entre Portugal e Espanha, em 1494.
Fonte da Carioca
Apesar da construção do espaço de acesso e a estrutura onde estão as torneiras públicas e reservatório, a água da carioca é uma fonte natural da cidade. Além de ser um importante ponto turístico, também oferece água limpa gratuitamente para a população e visitantes.
Foi denominada Carioca, que em tupi-guarani significa casa branca ou oca. A água da fonte foi por muito tempo canalizada para prédios públicos e também para uma fonte ao lado do antigo Mercado Público.
O local tornou-se um dos pontos turísticos da cidade, levando a fama da fonte dos namorados, por conta das idas e vindas das famílias até a fonte, que durante o passeio os jovens solteiros trocavam olhares. É comum o ditado entre os lagunenses que “quem bebe a água da Carioca sempre volta à Laguna”.
Baleias
Todos os anos, de julho a outubro, as Baleias Franca migram das Ilhas Geórgias do Sul, na Antártida, para o litoral sul de Santa Catarina, em busca de águas mais quentes e calmas para se reproduzir, parir e amamentar seus filhotes.
Permanecem bem próximo da costa durante esses meses e Laguna está entre as cidades com maior concentração desses mamíferos.
A cidade integra a Rota da Baleia Franca, junto com Garopaba e Imbituba, se consolidando como destino de ecoturismo durante a baixa temporada.
Lagoas
O próprio nome de Laguna se origina da abundância de lagoas que a rodeiam. O complexo lagunar é composto por três grandes lagoas: Santo Antônio dos Anjos, Imaruí e Mirim.
A Lagoa Santo Antônio dos Anjos percorre grande parte da cidade, de onde muitos pescadores artesanais tiram seu sustento, principalmente da pesca do camarão, siri e peixes. O camarão da lagoa é famoso pelo sabor e características únicas.
Além desta principal, outras pequenas lagoas compõem o conjunto de lagoas da cidade, em áreas rurais e região da ilha.
Texto: Gisele Elis (MTB 6822)