Ações do novembro azul alertam sobre o câncer de próstata
Assim como já é tradicional o Outubro Rosa ser o mês de conscientização do câncer de mama, o Novembro azul, é totalmente voltado aos cuidados e ao bem-estar da população masculina. É um mês de alerta e atenção ao câncer de próstata, o segundo tipo da doença mais comum entre os homens brasileiros segundo o Instituto do Câncer.
Nesta quinta-feira, dia 14, a Unidade Básica de Saúde do Progresso realizou diversas atividades para falar sobre o tema. Palestras sobre prevenção, diagnóstico e tratamento das doenças, testes rápidos, oficina de corte de cabelo, distribuição de kits de higiene bucal, entre outros.
Câncer de próstata
A partir dos 50 anos, os homens devem se consultar anualmente com um urologista. Mas aqueles que têm casos de câncer de próstata em parentes próximos (pai, irmãos ou tios) precisam procurar atendimento com um especialista aos 45 anos, porque fazem parte do grupo de risco, assim como os negros, que, segundo estudos, são mais propensos a desenvolver esse tipo de câncer mais cedo.
Em sua fase inicial, o câncer de próstata tem evolução silenciosa e não apresenta sintomas alarmantes. Por isso, é importante ir frequentemente ao urologista para diagnosticar a doença no começo.Além do câncer, a próstata pode ser afetada por outras duas doenças: a prostatite (inflamação) e a hiperplasia (aumento) prostática benigna (HPB). Estas três enfermidades podem ser diagnosticadas com o exame de toque retal e a dosagem do PSA no sangue.
– Prostatite é uma inflamação na próstata que chega a atingir quase 30% dos homens. Esta doença geralmente é assintomática, mas quando dá sintomas, os mais frequentes são: ardor ou queimação ou um desconforto junto ao orgasmo, esperma de cor amarelada, vontade frequente de urinar.O tratamento é feito com antibiótico e por um período mais longo do que os tratamentos habituais
– Hiperplasia prostática benigna (HPB)O tumor benigno é mais frequente quanto maior for a idade do paciente e chega a atingir quase 70% dos homens acima de 70 anos. A doença se caracteriza por um aumento da próstata apenas no local. O aumento benigno da próstata passa a ser um problema quando ela dificulta a passagem da urina. Por isso, os homens podem apresentar vontade de urinar várias vezes durante a noite, aumento da frequência de idas ao banheiro durante o dia, demora para iniciar a micção, diminuição da força e do calibre do jato urinário e sensação de urgência para urinar e às vezes até perda de urina nessas situações. O Tratamento pode ser clínico com o uso de remédios que melhoram os sintomas que a obstrução produz na uretra ou medicamentos que bloqueiam o crescimento da próstata. A cirurgia da HPB é recomendada quando o tratamento clínico não é efetivo ou quando a obstrução já é muito intensa.
Sífilis
Sífilis é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum.Normalmenteapresenta fases distintas com sintomas específicos (sífilis primária, secundária e terciária) que é intercalada por períodos latentes. Por isso, ela é conhecida por ser um mal silencioso e requer cuidados.
A sífilis é classificada de acordo com o seu estágio de infecção.
A sífilis primária é a que ocorre assim que há a infecção pela bactéria Treponema pallidum. Cerca de três a quatro dias após o contágio, formam-se feridas indolores (cancros) no local da infecção, normalmente na região genital. Não é possível observar mais sintomas e ela pode passar despercebida, principalmente se as feridas estiverem situadas no reto ou no colo do útero. As feridas da sífilis desaparecem em cerca de até 10 dias, mesmo sem tratamento. A bactéria torna-se dormente (inativa) no organismo nesse estágio.
A sífilis secundária acontece cerca de duas a oito semanas após as primeiras feridas se formarem. Aproximadamente 33% daqueles que não trataram a sífilis primária desenvolvem o segundo estágio. Aqui, o paciente pode apresentar vermelhidão pelo corpo (exantema), coceira, aparecimento de íngua (gânglios inchados) nas axilas e pescoço. Aparecem também sintomas como dores musculares, febre, dor de garganta e dificuldade para deglutir. Esses sintomas geralmente somem sem tratamento após umas duas semanas e, mais uma vez, a bactéria fica inativa no organismo. Nesta fase o vírus ainda é transmissível ao se ter contato com a região da infecção.
A sífilis terciária é a mais difícil de ser detectada, pois têm sintomas em grandes vasos (como a aorta), cérebro, olhos, coração, juntas e até mesmo dentro do sistema nervoso. Ai ela pode causar dor de cabeça, epilepsia, e é um diagnóstico um pouco mais complicado.
Quando diagnosticada precocemente (no estágio primário ou secundário), a sífilis pode ser tratada tranquilamente com penicilina e tem índices de cura muito altos. O diagnóstico na fase terciária tem tratamento mais difícil, pois é preciso localizar onde a bactéria está alojada. Mas mesmo assim as perspectivas de cura são altas.