Carvão vira pincel nas mãos do artista Mateus Guimarães da exposição “Libertos”
Um negro liberto com olhar perplexo e uma mulher com ar enigmático. Uma nova contemplação crítica de personagens de século passado é do artista plástico Mateus Guimarães, 22 anos.
O resultado do uso de carvão com talento estão nos quadros que podem ser conferidos na exposição Libertos, na Piazza Pizzeria, dentro da programação da Semana da Consciência Negra.
As ilustrações com carvão são todas tiradas de fotografias. Guimarães primeiro faz a impressão e depois transfere para o papel no tamanho de 96 centímetros. A folha segue como guia, como se fosse um modelo vivo. A internet é fonte de pesquisa para fotografias inspiradoras, paisagens e imagens de amigos também.
“É a minha primeira exposição, fui convidado para expor em outros lugares da região, porém, preferi a minha preciosa Laguna”, destaca.
Nativo da Terra de Anita, atualmente, mora e trabalha em Tubarão numa gráfica.
“Sempre tive uma conexão fora do normal com a cidade, quando bate aquele vento sul nostálgico, é a certeza de que vim de Laguna e pretendo morrer aqui”, diz.
Num momento nostalgia, gosta de ir à praia, um simples andar enquanto aprecia as paisagens.
Aprecia o artista lagunense Richard, o Chacha.
No seu momento de inspiração não gosta de clichês nem horários estabelecidos. “Não me prendo em horas e, muito menos, com o material que tenho, simplesmente pego meu carvão e começo os primeiros rabiscos até o desenho ficar perfeito ao meu olhar, apenas faço o que gosto e, por isso, não canso em ficar desenhando por horas e horas todos os dias”.
Onde tiver um espaço para apoiar uma folha de 96 centimetros e seu carvão já está criando.
Nos últimos dias está trabalhando em uma capa de CD para um artista local
O artista pode ser encontrado no instragam @mateusgart
Texto: Jornalista Taís Sutero