Alunos que não têm acesso à internet recebem exercícios impressos

Os 2.092 mil alunos da rede pública municipal estão participando de estudos não-presenciais devido à suspensão das aulas para reduzir a circulação de pessoas e, com isso, conter a propagação do coronavírus no município. As aulas nas escolas estão paralisadas desde início de março.

 


Agora, a intenção é envolver todos os alunos, pais, responsáveis e professores no processo de aprendizado. Os estudantes que não têm acesso as aulas virtuais recebem material impresso, desenvolvido pelos seus professores. Os motoristas do transporte escolar e os gestores que levam as atividades nas casas dos alunos. Maioria do interior do município, usava o ônibus escolar para chegar na escola.

 


Um levantamento foi realizado para diagnosticar as famílias sem acesso à internet, ou até mesmo, com limitações de sinal.

 

 

Mais de 70 crianças da educação infantil e ensino fundamental estão aprendendo assim.

 


No 17 de março de 2020 foi definido o plano de ação sobre as atividades escolares não presenciais (online), sendo obrigatório 800 horas-aulas até o final do ano. De acordo com o secretário da Educação, Carlos Felipe Schimidt, no município os dias letivos estão sendo cumpridos. A rede municipal adiantou as férias de julho. Até o momento, o recesso do final do ano não está comprometido.

 


Os alunos das 11 unidades escolares e 13 centros de educação infantil estão integrados nas aulas não presenciais.

 

 

O Departamento Pedagógico orienta professores no estímulo de uma atividade por dia, sendo acessível para a criança e sem dificultar a compreensão dos pais.

 


Os pedagogos promovem uma interação com os professores dos anos iniciais, que estão em período de alfabetização, com dicas e consultoria das atividades.

 


As unidades estão usando as redes sociais para mostrar o carinho e dedicação dos pais e responsáveis no processo de aprendizado.

 


O secretário da Educação e Esportes, Carlos Felipe Schimidt, lembra que o Governo do Estado paralisou as aulas nas redes públicas e privadas por tempo indeterminado.

 

 


Educação domiciliar

 

 


Gestores e professores estão em interação para tentar ajudar os pais a conciliarem o trabalho formal, as tarefas domésticas com as atividades escolares que mantenham os alunos na rotina de estudos.

 

Segundo dados do Censo Escolar, em 2019 havia 47,9 milhões de alunos matriculados na educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio) em todo o país.

 

A luta é manter as aulas e as lições a distância, o que também representa um desafio para os pais.

 

A professora Ana Cristina da Rosa Fernandes, há 13 anos em sala de aula, usa a criatividade e muita internet para passar os exercícios para os seus pequenos. “É um desafio. Pais, professores e escola estamos nos envolvendo na motivação”.

 

Ela leciona no Centro de Educação Infantil Padre Augustinho, no bairro Progresso para 15 crianças de 3 a 4 anos.

 

Daniela Soares conta que as primeiras semanas de aulas a distância foram mais difíceis, até a filha, Mariana entender que não estava de férias e precisava se concentrar nos estudos. “Fico admirada com o trabalho dos professores, tendo que ajudar a minha filha nas atividades,” conta.