“É um alívio e uma alegria”, diz idosa vacinada

Quando agendou sua imunização contra o coronavírus, a professora Maria Ivone Koerich Fernandes, 69 anos, respirou aliviada depois de um ano e um mês. “É um alívio e uma alegria”, conta.

 

Maria Ivone e o marido não saem de casa. Mercado, farmácia e outras emergências, uma amiga da família acolhe o casal. Filhos e netos moram em outras cidades. “Ligo para minha amiga, ela faz as compras, e deixa no portão. É um anjo”, conta emocionada, foi a amiga que a levou na unidade de saúde. 

 

Dia 20 de abril deve receber a segunda dose da coronavac, depois mais dias em casa, pois o sistema imune demora, em média, 14 dias após a aplicação da segunda dose da vacina para produzir anticorpos. Já sabe que uso de máscaras e lavar as mãos não irá abandonar. 

 

Nesta semana, o município está vacinando idosos de 69 anos, previsão de 470 imunizados.

 

Conforme o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde próximo grupo prioritário será de 68 a 60 anos. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, conforme a chegada de novas doses, o agendamento de vacinas será divulgado. 

 

Laguna tem a previsão de imunizar 4.476 mil

 

O município depende do envio de doses pelo Governo do Estado, através do Ministério da Saúde.

 

Laguna iniciou dia 20 de janeiro a imunização da população. Até final de março mais de quatro mil pessoas, entre idosos e trabalhadores da saúde estão vacinados.

 

 

Registrar o momento

 

 

Para muitos que acompanharam os idosos nestas últimas semanas, a vacinação teve uma responsabilidade extra: registrar o momento em foto ou vídeo pelos smartphones para que o restante da família pudesse também celebrar.

 

Filhos e netos em suas redes sociais estão comemorando a imunização. Rose Gonçalves foi uma delas. O pai Bento de Amorim, 75 anos
e Alcioni Gonçalves de Amorim, 69, receberam a dose no bairro Portinho.

 

 

A filha comemorou “Felicidade sem tamanho. Renovação de esperança e de planos”, conta.

 

Rose aguarda por dias melhores e agradece “ aqui em casa somos abençoados demais, ninguém contraiu esse vírus”. A família continua com os cuidados e esperando a segunda dose.

 

 

Liberação de vacinas

 

 

Segundo a secretária de Saúde, Gabrielle Siqueira conforme foram liberadas mais vacinas pelo Ministério da Saúde, novas faixas etárias serão imunizadas.

 

Ela lembra que Laguna acompanha o calendário estadual.

 

A coordenadora da imunização da Secretaria de Saúde, Rosimari Rodriguês.

 

Alerta sobre a continuidade da prevenção para toda a população e, principalmente, aos vacinados.

 

“Uso de máscara, distanciamento social e higienização das mãos deve continuar”, ressalta.

 

De acordo com a Diretoria Estadual de Vigilância Epidemiológica (Dive) as etiquetas sanitárias seguirão importantes, já que a vacina não impede a circulação do Sars-CoV-2. Mesmo protegida dos sintomas, uma pessoa imunizada ainda pode transmitir a infecção. Toda vacina implica numa redução de transmissão, mas o combate efetivo ao vírus passa pela manutenção dos cuidados básicos até que a quantidade de pessoas vacinadas seja suficientemente grande. Aglomerações também devem ser evitadas.

 

 

Fique por dentro

 

 

Estão sendo usadas dois tipos de vacina em Santa Catarina. Qual a diferença entre a Coronavac (produzida pela Sinovac em parceria com o Instituto Butantan) e vacina de Oxford-AstraZeneca (em parceria com a Fiocruz)?

 

A Coronavac utiliza a tecnologia do vírus inativado, ou seja, contém o próprio vírus morto. Vacinas com essa metodologia são comuns na prevenção de diversas doenças, como a poliomielite, a hepatite A e o tétano, e estimulam o corpo a produzir defesas a partir de um contato antecipado e inofensivo com o vírus. A vacina contém um vírus inteiro, “morto” (inativado), mas com as proteínas conservadas e capazes de induzir uma resposta imune.

 

 

A vacina de Oxford-Astrazeneca utiliza a tecnologia de vetor viral. Dessa forma, a proteína do novo coronavírus (RNA) é inserida em outro vírus, modificado em laboratório, para transportá-la para o corpo humano e não se multiplicar. Uma vez que a proteína chega ao corpo, o sistema imunológico a identifica e produz estruturas capazes de impedir sua ação no futuro, quando o novo coronavírus tentar causar infecção.

 

 

Quanto tempo demora para as vacinas fazerem efeito?

 

O sistema imune demora, em média, 14 dias após a aplicação da vacina para produzir anticorpos, mas depende de cada esquema vacinal. No caso da Coronavac, o esquema vacinal é de duas doses, com intervalo de 2 a 4 semanas entre as duas doses. Assim, a proteção conferida pela vacina ocorre em média 14 dias após a segunda dose

 

 

Se já tive Covid-19, devo me vacinar também?

 

Sim. Atualmente indica-se realizar a vacinação contra Sars-CoV-2 mesmo em quem já teve diagnóstico prévio de Covid-19. No entanto, orienta-se que essa vacina seja feita após 30 dias do diagnóstico da doença.

 

 Fonte: Dive.sc.gov.br