Laguna registra dois focos de mosquito aedes aegypti

O Programa de Combate à Dengue em Laguna confirmou dois focos de mosquito Aedes Aegypti nos bairros Portinho e Esperança. Um caso suspeito de dengue está em investigação pela Vigilância Epidemiológica, aguardando o resultado do exame pela Lacen.

 

A região da Amurel e o estado de Santa Catarina enfrentam um aumento no número de casos de dengue, em 2022. Florianópolis, por exemplo, decretou epidemia na semana passada.

 

De acordo com a Diretoria de Vigilância Epidemiológica, no período de 02 de janeiro a 12 de abril de 2022, foram notificados 31.939 casos de dengue em Santa Catarina. Desses, 14.497 foram confirmados, 6.085 foram descartados e 80 inconclusivos (classificação utilizada no SINAN para os casos que, após 60 dias da data de notificação, ainda não tiveram sua investigação encerrada). O restante, 11.277 notificações, seguem em investigação.

 

Como o Programa de Combate à Dengue atua em Laguna?

 

De acordo com a coordenadora, as atividades do programa não foram interrompidas em função da pandemia. “Mantemos a rotina das ações de vigilância, até porque a situação tanto do número de focos do mosquito quanto de transmissão de dengue no estado está bem séria”.

 

•             O  Programa fiscaliza 146 armadilhas instaladas, as quais são inspecionados de 7 em 7 dias; e 31 pontos estratégicos (cemitérios, borracharias, ferros velhos…), locais especialmente vulneráveis à introdução do vetor, inspecionados de 14 em 14 dias.

 

•             Além das ações de vigilância em armadilha e pontos estratégicos que são rotina, conforme a demanda, são realizadas identificações de denúncia e pesquisa vetorial especial quando há suspeita das doenças – dengue, febre de chikungunya e zika vírus.

 

O Aedes aegypti

 

O mosquito transmissor do vírus da dengue, zika e chikungunya é o Aedes aegypti. Ele se caracteriza pelo tamanho pequeno, cor marrom médio e por nítida faixa curva branca de cada lado do toráx. Nas patas, apresenta listras brancas.

 

As fêmeas do mosquito necessitam do sangue humano para a maturação dos ovos. Dessa forma, é nesse momento que pode ocorrer a transmissão das doenças (tanto da transmissão do vírus aos seres humanos, como a infecção do mosquito ao picar uma pessoa doente no período de viremia).

 

O Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. A fêmea do mosquito pode, também, depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias.

 

 Prevenção

 

• Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;

 

• Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

 

• Mantenha lixeiras tampadas;

 

• Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;

 

• Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água.

 

• Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;

 

• Mantenha ralos fechados e desentupidos;

 

• Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;

 

• Retire a água acumulada em lajes;

 

• Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;

 

• Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;

 

• Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.