Sobe para 6 o número de focos do mosquito da dengue, em Laguna
O Programa de Combate à Dengue informou o registro de mais um foco do mosquito Aedes Aegypti no município. Agora, são 6 focos, sendo 4 no Bairro Progresso e 2 na Cabeçuda.
De acordo com a coordenadora do programa municipal, Matiê Rossini, o novo foco foi encontrado no Bairro Progresso. Ao detectar a presença do mosquito, a equipe substitui a armadilha no local e realiza uma inspeção nos imóveis que estão num raio de 300 metros do local identificado. “É feita a vigilância dessa armadilha a cada 7 dias. Depois de dois meses, realizamos novamente uma inspeção no raio de 300 metros do local”, explica.
O trabalho de rotina já é realizado semanalmente nas armadilhas distribuídas por diferentes locais do município. As inspeções de vigilância também são realizadas, quinzenalmente, em pontos estratégicos da cidade, onde são verificados os locais/recipientes com acúmulo de água, como cemitérios, borracharias, ferros velhos, pois são pontos estratégicos. Quando identificada a presença de larvas fazem a coleta para identificação.
“A população deve ficar atenta aos seus imóveis, eliminando qualquer recipiente que possa acumular água, observar se a caixa d’água está bem tampada, se a calha está desobstruída, as piscinas desmontáveis se estão com água limpa/tratada, quando não, esvaziar totalmente e guardar em local coberto. O mosquito está circulando, temos que ficar atentos”, reforçou a coordenadora do programa municipal, Matiê Rossini.
O Governo de Santa Catarina lançou o Painel para Monitoramento de Casos de Dengue e Chikungunya. Na nova ferramenta é possível consultar as principais informações sobre as doenças no estado, como número de casos prováveis, óbitos, faixa etária dos casos, número de casos por município, além de acompanhar o mapeamento dos focos do mosquito Aedes aegypti pelo estado.
O Informe epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES), através da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), nessa quarta-feira, 13, mostra que os casos prováveis de dengue tiveram um aumento de 387,02% no ano de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado. No total, 236 municípios já registraram casos prováveis de dengue este ano.
Com relação aos óbitos, houve o registro de mais quatro mortes em relação ao informe da semana anterior. Agora são 19 mortes confirmadas por dengue nos municípios de Araquari (01), Indaial (01), Itajaí (03), Itapiranga (01) Joinville (11), Navegantes (01) e São Francisco do Sul (01). Ainda, (08) oito permanecem em investigação pelas Secretarias Municipais de Saúde (Joinville, Itapoá, Palmitos, Pedras Grandes, São José, Tijucas, Tubarão e Xaxim) com apoio da Secretaria de Estado da Saúde.
Limpeza do local com foco do mosquito:
Ao identificar o local com larvas do mosquito Aedes Aegypti, as equipes de controle do programa substituem a armadilha, fazem a escovação e eliminação de larvas e ovos do mosquito. “As larvas são coletadas, a escovação é para remover ovos que possam ter ficados aderidos nas paredes da armadilha”, explica Matiê Rossini.
Como denunciar:
As denúncias podem ser realizadas presencialmente com o setor do Programa de Combate à Dengue na Secretaria de Saúde, podendo agendar pelo telefone da secretaria no 3644-0313 ou via canais de ouvidoria da Prefeitura.
Sinais e sintomas da dengue:
Os sintomas da dengue são: febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Podem ocorrer também náuseas e vômitos. Ao apresentar sinais e sintomas, deve-se procurar atendimento em um serviço de saúde. A hidratação intensa é uma das principais medidas de manejo na dengue, sendo importante que as pessoas com sintomas se hidratem desde o momento de espera pelo atendimento.
O controle do Aedes aegypti ainda é a melhor estratégia para evitar a transmissão de dengue, febre de chikungunya e Zika vírus. Uma vez por semana vistorie sua casa e seu ambiente de trabalho. Elimine locais com água parada.
Algumas medidas simples podem ser implementadas na rotina. Confira 10 passos que ajudarão a você proteger sua família contra o mosquito vetor:
1) Tampe caixas d’água, ralos e pias;
2) Higienize bebedouros de animais de estimação;
3) Descarte pneus velhos junto ao serviço de limpeza urbana de sua cidade. Caso precise guardá-los, mantenha-os em local coberto, protegidos do contato com a água;
4) Retire a água acumulada da bandeja externa da geladeira e bebedouros e lave-os com água e sabão;
5) Limpe as calhas e a laje da sua casa e coloque areia nos cacos de vidro de muros que possam acumular água;
6) Coloque areia nos vasos de plantas;
7) Amarre bem os sacos de lixo e não descarte resíduos sólidos em terrenos abandonados ou na rua;
8) Faça uma inspeção em casa pelo menos uma vez por semana para encontrar possíveis focos de larvas;
9) Sempre que possível, faça uso de repelentes e instale telas, especialmente nas regiões com maior registro de casos;
10) Receba bem os agentes Comunitários de Saúde e de Controle de Endemias que trabalham em sua cidade.
Cuidados individuais
O Ministério da Saúde também recomenda as seguintes medidas de proteção individual:
- Proteger as áreas do corpo em que o mosquito possa picar, com o uso de calças e camisas de mangas compridas;
Usar repelentes à base de DEET (N N-dietilmetatoluamida), IR3535 ou de icaridina nas partes expostas do corpo. Também pode ser aplicado sobre as roupas. O uso deve seguir as indicações do fabricante em relação à faixa etária e à frequência de aplicação. Deve ser observada a existência de registro em órgão competente. Repelentes de insetos contendo uma das três substâncias acima são seguros para o uso durante a gravidez, quando aplicados de acordo com as instruções do fabricante. Em crianças menores de 2 anos de idade, não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos, usar concentrações até 10% de DEET, no máximo três vezes ao dia;
A utilização de mosquiteiros sobre a cama, a instalação de telas em portas e janelas e, quando disponível, o ar-condicionado também são recomendados.
Em caso de febre, dor de cabeça, dores atrás dos olhos ou no corpo, náuseas e manchas na pele, procure imediatamente a Unidade Básica de Saúde mais próxima de sua casa.
Não faça uso de medicamentos sem conhecimento médico. Em caso de dengue, o uso inadequado de certos remédios pode agravar o quadro de saúde.