Galeria ‘Chachá’ recebe exposição da artista Júlia Otero nesta sexta

A Galeria Municipal de Artes Richard Calil Bulos ‘Chachá’ vai receber a exposição ‘Ancestralidade (Re)Visada’, da artista visual Júlia Otero.

A abertura acontece nesta sexta-feira, 11, no piso superior do Mercado Público Municipal, Centro Histórico, às 15h. As telas ficam em exibição até 11 de setembro, das 9h às 19h.

Os trabalhos apresentados reúnem diversas técnicas, desde pintura, passando por gravura, fotografia analógica, colagem, instalação e vídeo-arte. A curadoria é de Marcello Carpes e Rafael Geremias.

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A mostra apresenta trabalhos que percorrem caminhos da ancestralidade feminina para entender o seu lugar como mulher na sociedade contemporânea. “Para fazer um futuro mais próspero, é necessário revisitar o passado para não repetir seus erros. Tive duas avós com exemplos quase opostos: uma seguiu o caminho mais tradicional, de ser dona de casa, mãe e esposa, com perfil mais submisso, cumprindo as expectativas da sociedade de mulher mais recatada. A outra quebrou todas as regras, foi médica, ativista política, radialista e, por fim, espiritualista. A mostra caminha por essas opções de ser mulher, com uma estética em preto e branco recordando o tempo e a memória. Até chegar no presente, comigo, em telas abstratas vibrantes e coloridas”, detalha a artista.

No olhar do curador Marcello Carpes: “A artista Júlia Otero destaca-se pela poética da ancestralidade. Utilizando a memória como um dispositivo artístico, une o passado de suas ancestrais em seu presente instante, abrindo margens para reflexões e conexões de um futuro que expande-se para além da própria artista. Envolvendo o coletivo, na medida que nos reconhecemos nas produções e narrativas construídas pela artista”.

A estética dos trabalhos apresentados dialoga com noções de nitidez, histórias que vamos esquecendo, escapando à memória e sendo reconstruída a partir do fazer artístico. No caso da exposição Ancestralidade (Re)Visada, lãs vermelhas sugerem a costura temporal desse lugar, entre o esquecimento e reconstrução, entre o ancestral e o contemporâneo, apresentando toda visceralidade que tal relação indica. Um jogo de velar e revelar a sua própria história.”

A exposição foi agraciada pelo Edital Galeria de Artes Chachá, uma promoção da Prefeitura de Laguna e Fundação Lagunense de Cultura (FLC). A entrada é franca.

Serviço
O quê: Exposição de arte “Ancestralidade (Re)Visada, de Júlia Otero
Quando: 11 de agosto a 11 de setembro, abertura dia 11/08, sexta às 15h
Onde: Galeria do Mercado Público de Laguna. Av. Colombo Machado Salles, segundo andar – Centro, Laguna

Quanto: gratuito.