Pontos turísticos contam histórias dos séculos passados

Laguna tem um centro histórico tombado pelo patrimônio, com 600 prédios registrados com diferentes tendências arquitetônicas. Os casários estão espalhados pelas ruas históricas, construídos a partir do século 16.

Com seus 341 anos, tem muita história para contar, e elas podem ser encontradas nos vários pontos turísticos históricos na cidade. Grande parte pode ser conhecido a pé, desfrutando das belezas das cidades e sua cultura.

Para melhor aproveitar tudo que Laguna pode ofertar, na Central de Atendimento ao Turista, nas margens da SC-436, no bairro Portinho, os guias cadastrados no Ministério do Turismo, estão à disposição dos turistas.

O presidente da Associação de Guias de Turismo, Antônio Carlos de Oliveira, explica que nesta epóca do ano iniciam as excursões escolares, intitulada turismo pedagógico. O objetivo dos educadores é proporcionar uma experiência transformadora de ensino, fora do ambiente da sala de aula, além de ser objeto de notas e provas. Os guias percorrem o centro histórico e fornecem dados históricos para os estudantes. A chegada de grupos da terceira idade também irá crescer no decorrer dos meses.

O Centro Histórico, Molhes e Farol de Santa Marta são as visitas mais solicitadas.

O presidente de Guias de Turismo alerta que em Laguna, por lei, as excursões e grupos de turistas devem utilizar a prestação do serviço de Guia de Turismo Regional, devidamente cadastrados na Secretária Municipal de Turismo de Laguna. 

 

Conheça os monumentos e como chegar:

 

Fonte da Carioca, água mineral gratuita 

No início da sua colonização, Laguna tinha três fontes de água que abastecia a cidade. A fonte da Figueirinha, Campo de Fora e da Carioca, está a única preservada ainda hoje. A fonte da Carioca fica localizada ao lado da Casa Pinto D” Ulysseá, na Praça Lauro Muller.

No pé do morro, a fonte é abastecida de água mineral, comprovado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).

Antigamente, apenas uma pequena bica jorrava água. No ano de 1863, uma estrutura foi construída por escravos, muito comum na época, pois eles realizavam o trabalho braçal. Foi denominada Carioca, que em tupi-guarani significa casa branca ou oca. A água da fonte foi por muito tempo, canalizada para prédios públicos e também para uma fonte ao lado do antigo Mercado Público.

O local tornou um dos pontos turísticos da cidade, levando a fama da fonte dos namorados. O motivo são as idas e vindas das famílias até a fonte.

Durante o passeio, os jovens solteiros trocavam olhares. O trajeto servia como atrativo, a água da Carioca era levada pelas famílias que visitavam os lagunenses. São nessas idas que casamentos iniciaram originando a fama do lugar.

Comum ouvir do turistas que visitam o local que “tomar a água da Carioca, é sinal que você irá voltar outras vezes”.

Como chegar:

Praça Lauro Muller, no centro histórico.

 

Casa Pinto D”Ullysséa, uma Quinta Portuguesa

Na parte norte do centro histórico, ao pé do morro da Fonte da Carioca, uma casa branca e janelas azuis, com azulejos pintados a mão, leva o visitante para uma cidade portuguesa do século 18.

A popular casa Pinto D”Ulysséa tem as características da arquitetura de uma quinta portuguesa, nome destinado para residências localizadas no campo. A história da residência remonta ao romance do violonista português Joaquim Pinto de Ulysséa com Alexandrina Dias de Pinto, filha de João Pinho, morador de Laguna.

No ano de 1846, o violonista chega a Laguna, por saber ler e escrever, se destaca na Vila, em pouco tempo torna-se um influente comerciante e sua casa uma das mais tradicionais da cidade.

A residência foi um presente de casamento da família ao casal, que reformou e ampliou o espaço. Primeira residência em Laguna com água encanada.

Atualmente, o local abriga departamentos municipais.

Como chegar:

Na praça Lauro Muller, no centro histórico, ao lado da Fonte da Carioca.

 

Igreja Santo Antônio dos Anjos, o padroeiro da cidade

A primeira capela de alvenaria foi construída em 1696, substituindo a de pau-a-pique feita pelo fundador Domingos de Brito Peixoto, quando ele veio para a cidade, no mesmo local onde está a atual. A imagem foi escolhido por se tratar do santo de devoção do colonizador. A denominação dos Anjos, acreditam os historiadores, por Brito ter chegado nas terras de Laguna, no dia 2 de outubro, ou próximo a data, no calendário católico uma homenagem aos anjos da guarda.

A atual igreja começou a ser erguida em 1735, pois a comunidade crescia e não tinha mais lugar para abrigar os fiéis. No ano de 1753 é fundada a Irmandade do Sacramento do Santo Antônio, o grupo no ano de 1792 envia para a Bahia um tronco de madeira nativa, base de uma nova imagem do Santo Antônio.

No livro de Nail Ulysséa, a pesquisadora denomina o autor da obra como: criativo, alegre e humilde. O nome do artista nunca foi encontrado. Sua obra-prima chegou na cidade em 1796, com 1,68 metros de altura, mesma do santo em vida. Ao ser colocado no altar, onde está até hoje o povo ficou emocionado. A imagem é retirada para a procissão no mês de junho.

O artista confeccionou um rosto, onde em todas os lados pode-se ver o santo observando os fiéis. Segundo o pesquisador e devoto de Santo Antônio, Antônio Carlos Marega, “ao entrar na igreja e olhar para a imagem, o santo está com uma aparência séria, mas ao se aproximar o sorriso logo aparece”.

Durante o período que vai até 1935, a igreja recebe as intervenções necessárias para deixá-la como está hoje. O relógio no alto da igreja foi o último detalhe colocado. O estilo arquitetônico da igreja é o toscano. Na parte interna é possível observar estilos barrocos. Em 2000, o Ministério da Cultura iniciou outra reforma.

 

Santo Antônio

Conhecido como Santo Antônio de Lisboa ou Santo Antônio de Pádua, mais popular, o Frei Antônio, como era chamado quando estava vivo, já era muito reconhecido por seus milagres. Ficou intitulado como santo casamenteiro por interceder, por orações, no futuro de uma mulher que conseguiu mudar sua vida e casar.

Em Laguna, dia 13 de junho é feriado municipal. Na igreja ocorre as tradicionais homenagens ao santo, trezenas, procissões e entrega dos pãeszinhos de Santo Antônio.

 

Como chegar:

Final da rua Jerônimo Coelho, no centro histórico.

 

Morro da Glória, Morro do Sinal 

No Centro Histórico, um dos pontos turísticos está rodeado de verde: o Morro da Glória, com 128 metros de altura, área de preservação ecológica. Uma das vistas mais belas da cidade.

O morro sempre esteve presente no cotidiano dos moradores, seja abençoando a cidade através da imagem de Nossa Senhora da Glória, ou no século 18, com a comunicação entre navios e a capitania, fato que originou o primeiro nome Morro do Pau do Sinal.

A história remonta o século 18, quando não existia os Molhes da Barra, os navios tinham que atravessar a força das ondas nas pedras da entrada do canal Santo Antônio dos Anjos. Como ficavam muitas vezes dias esperando em alto-mar o momento exato para entrar em Laguna, os comandantes dos navios hasteavam bandeiras informando o que transportavam, a intenção era comunicar-se com a capitania, que ficava na Praça do Museu de Anita, antiga Praça da Bandeira.

No alto do morro, um soldado copiava as bandeiras do navio e do outro lado, os integrantes da Capitania interpretavam e hasteavam a bandeira, informando como estava a maré. No alto do Morro o mesmo era feito.

Ter uma nova bandeira no alto do morro do Sinal, atiçava a curiosidade do povo, interessado em descobrir o que transportava o navio, ancorado em alto-mar. Uma farmácia no centro histórico organizou uma tabela com cada bandeira, que provocava uma corrida até o balcão do estabelecimento.

Por décadas, a técnica de comunicação de bandeiras movimentava o centro histórico. Até no início do século 19, com a construção dos Molhes, que facilitou a entrada de barcos na lagoa Santo Antônio.

Sem as bandeiras, o Morro trocou de nome em 1953, com a construção da imagem de oito metros de Nossa Senhora da Glória, pela Congregação Mariana. O casal de escultores Alfredo Itaege e Elisa Faccio Itaege foi o responsável pela obra de oito metros. O financiamento foi feito por Francisco Fernandes Pinho. Engenharia a cargo de Colombo Machado Salles, com a rede elétrica instalada pela prefeitura de Laguna.

Como chegar

Rua Voluntário Benevides, primeira rua á direita.

 

Cine Teatro Mussi, espetáculos e história

O Cine Teatro Mussi, projetado pelo arquiteto suíço Wolfang Ludwing Rau, a pedido do proprietário João Mussi, começou a ser construído em 4 de abril de 1947, com inspiração no estilo arquitetônico art dêco. A inauguração aconteceu em 17 de dezembro de 1950, com a exibição do filme “A Valsa do Imperador”.

Foi revitalizado pelo Iphan e entregue à comunidade. Atualmente, é palco de peças de teatros, sessões de cinema e dança. Tudo gratuito.

Durante o processo de restauração foram encontrados, um antigo armário usado para guardar rolos de filme, dois projetores à carvão localizados a quase 70 metros da tela, marcador de ingressos, um antigo interruptor ainda fabricado em louça, a pia de um dos banheiros sociais, fabricada em ferro esmaltado, a identificação do fabricante dos projetores do Cine Teatro Mussi e o antigo cofre que ficava na sala da administração.

No andar superior, está a casa de máquinas, com os projetores intactos. A estante com os discos da trilha sonora dos filmes faz parte do acervo. Um cofre é guardado numa saleta quase imperceptível. Era ali, que o dinheiro da venda dos ingressos ficava guardado. Uma escada liga a bilheteria até o cofre numa passagem secreta. Uma forma de manter o dinheiro guardado e seguro.

Estas e outras histórias do Cine Teatro são contadas através de um pequeno museu no segundo andar.


Como chegar:

Avenida Colombo Machado Salles, centro histórico

 

Estátua de Anita Garibaldi, no palco da revolução

Ana Maria de Jesus Ribeiro, mais conhecida como Anita Garibaldi, nasceu em 30 de agosto de 1821, em Morrinhos do Mirim, então município de Laguna, filha de Bento Ribeiro da Silva e Maria Antônia de Jesus Antunes.

De origem simples, casou-se pela primeira vez, em 1835, com o sapateiro Manoel Duarte de Aguiar. A casa onde Anita preparou-se para o casamento, pertenceu a João Joaquim Mendes Braga, local onde as mulheres alugavam vestidos de noivas. Mais tarde, foi transformada em museu, com utensílios da época.

Com o surgimento, no Rio Grande do Sul, do movimento dos farrapos contra a monarquia, Manoel aliou-se às forças imperiais e seguiu com o exército abandonando sua esposa. Ocorre em 1836, a Proclamação da República Rio Grandense, e a necessidade de um porto marítimo contribuí para a tomada da Vila de Laguna, em Santa Catarina. 

No dia 22 de julho de 1839, as forças farroupilhas, com a ajuda de Giuseppe Garibaldi (1807 – 1882), político e militar revolucionário italiano, tomaram a Vila e proclamaram a República Juliana. O fato ocorreu no prédio da Câmara, hoje museu Anita Garibaldi, na frente do espaço tem uma estátua de bronze em homenagem a heroína.

Aos 18 anos, Ana Maria conhece o italiano Giuseppe e se apaixona. No mesmo ano, em 15 de novembro de 1839, durante um ataque violento a tropa imperalista invade Laguna, o casal consegue fugir.

Durante a batalha de Curitibanos, eles se separam e Anita é capturada pelo exército imperial. Os oficiais a informam de que Garibaldi morreu. Anita, que estava grávida, pede então que a deixem procurar o corpo de seu companheiro entre os mortos. Sem encontrá-lo, suspeitando que estivesse vivo, ela se aproveita de um descuido dos soldados, salta sobre um cavalo e foge em meio aos disparos de seus perseguidores.

Poucos quilômetros depois, depara-se com o rio Canoas e lança-se nas águas. A perseguição cessa, pois os soldados acreditam que ela esteja morta. Mas Anita passa à outra margem e vaga durante quatro dias pela mata, sem comer ou beber. Finalmente, reencontra os rebeldes e, na cidade de Vacaria, une-se novamente a Garibaldi. 

Em 16 de setembro de 1940, Anita tem seu primeiro filho com Garibaldi, casa-se em 26 de março de 1842, no Uruguai. Em 1847, Garibaldi enviou Anita à Itália, como sua embaixadora, a fim de preparar o terreno para o grande retorno de seu marido, acompanhado de um exército de mil homens, pretendia desembarcar na Itália para lutar na primeira guerra da independência italiana, contra a Áustria.

Depois da chegada de Garibaldi, eles seguem para Roma, onde se proclama a República Romana. A cidade, contudo, é atacada por tropas franco-austríacas, e Anita, grávida do quinto filho, luta ao lado de Garibaldi na batalha de Gianicolo. Obrigados a bater em retirada, o casal foge acompanhado de um exército de quase quatro mil soldados.

Alguns caíram em poder dos austríacos. Anita e Giuseppe, com alguns companheiros, abrigaram-se numa propriedade rural nas proximidades de Ravenna.

Anita grávida, com seu estado de saúde precário, veio a falecer, por volta das 19h45min, do dia 4 de agosto de 1849, antes dos trinta anos de idade. Em sua memória foram erguidos monumentos em Roma, Ravenna, Porto Alegre, Belo Horizonte, Florianópolis, Laguna e Tubarão.

Como chegar:

Rua Raulino Horn, no centro histórico


Marco de Tordesilhas, uma linha imaginária que separava o mundo

Logo após a chegada de Cristóvão Colombo na América (1492), a corte espanhola começou a se preocupar em proteger legalmente as terras descobertas na América.

Como Portugal, assim como a Espanha, era uma potência militar e econômica da época, para evitar conflitos, espanhóis e portugueses resolveram abrir negociações para o estabelecimento de um tratado. Este deveria contemplar os interesses de ambos os reinos no tocante a descoberta, exploração e colonização das “novas terras”.

O Tratado de Tordesilhas foi um acordo firmado em 4 de junho de 1494 entre Portugal e Espanha. Ganhou este nome, pois foi assinado na cidade espanhola de Tordesilhas. O acordo tinha como objetivo resolver os conflitos territoriais relacionados às terras descobertas no final do século XV.

De acordo com o Tratado de Tordesilhas, uma linha imaginária a 370 léguas de Cabo Verde serviria de referência para a divisão das terras entre Portugal e Espanha. As terras a oeste desta linha ficaram para a Espanha, enquanto as terras a leste eram de Portugal. Em Laguna, o marco de Tordesilhas remonta a história do século 14. A linha imaginária começava no estado do Pará atravessando o Brasil, chegando em Laguna.

Na época o Brasil não tinha sido descoberto, com a chegada dos portugueses, a partir do século 15, o Brasil foi dividido em Capitanias Hereditárias e Laguna pertencia a última ao sul, a Capitania de Santo Amaro e Terras de Sant’Ana”. O Tratado de Tordesilhas deixou de vigorar apenas em 1750.

Na década de 70 foi erguido o Marco de Tordesilhas de Laguna.

Como chegar:

Avenida Colombo Machado Salles, centro histórico (ao lado da rodoviária da cidade)

 

Farol de Santa Marta, guia de 85 quilômetros

Ás 17h06min21seg do dia 11 de junho de 1891, uma luz foi acesa e transformou a pacada vila de pescadores. Atualmente, o Farol de Santa Marta tornou-se símbolo turístico para Laguna e um aviso aos navegantes.

Desde 1941, o sistema que acende a lâmpada e gira a enorme redoma de cristal é elétrico, mas toda a estrutura de 125 anos está em pleno uso.

Além de fornecer informações meteorológicas, o farol de Santa Marta emite sinal de rádio para navios que também é usado para a aviação. Os marinheiros ainda estão 24 horas atentos para receber qualquer chamado e ajudar se necessário.

Os 142 degraus das escadas verdes sobem 29 metros em espiral por dentro do Farol de Santa Marta em Laguna, no sul do Estado. Lá no alto está uma pequena lâmpada, que apesar do tamanho é capaz de guiar quem está distante 85 quilômetros.

Potencializada por uma redoma com três metros de altura e com mais de 300 cristais que convergem a luminosidade na mesma direção, a luz transformou a região do Cabo de Santa Marta e deu significados diferentes à torre.

Para quem está em alto mar, à noite, a luz se acende três vezes no intervalo de 30 segundos e o feixe de luz conecta o pescador à sua terra. O vento dobra as ondas, mas a torre branca sobre a colina permanece firme como o alicerce da comunidade.

Desde então, o Farol de Santa Marta passou a fazer história. Guarnecido pelos marinheiros responsáveis pela sua manutenção, a região ganhou os primeiros moradores.

As embarcações aprenderam a observar o feixe vermelho da luz voltado para o sul que indica a posição exata da Pedra do Campo Bom, a Laje da Jagua. A traiçoeira formação rochosa havia afundado o navio de Giuseppe Garibaldi, 52 anos antes, durante a Revolução Farroupilha.

O farol também passou a ser referência em terra. Sua presença cativou pescadores que tornaram a Praia do Cardoso, ao lado da torre, um ponto de encontro. Todos os dias, os barcos chegam com peixe fresco, carregados com a renda, o almoço e um punhado de causos salgados pela maresia. Se os primeiros chegaram e ficaram, a segunda geração nasceu sob a luz do farol.

Características:

– Inaugurado em 1891

– Alcance geográfico (visível durante o dia com tempo limpo): 22 milhas náuticas ou 40,7 quilômetros

– Alcance luminoso (à noite com tempo limpo): 46 milhas náuticas ou 85,1 quilômetros

– Altura da torre: 29 metros

– Altitude: 74 metros

– Câmera de luz: formada por cerca de 300 cristais com 2,66 metros de diâmetro e 3 metros de altura. Lâmpada de 1000 watts

– Característica: grupo de ocultação de três lampejos. No período de 30 segundos, fica 15 aceso; 5,5 apagado; 0,3 acesso; 3,4 apagado; 0,3 acesso e 5,5 apagado

Como chegar:

O Farol está a 20 quilômetros do centro de Laguna, ao sul, passando pelo canal da Lagoa Santo Antônio, pela balsa e utilizar a SC-100

 

Pedra do Frade, machado indígena

Instigante e curiosa, a Pedra do Frade, aguça a imaginação dos visitantes, quando se deparam com uma pedra monumental inclinada sobre uma rocha à beira-mar. Localizada na extremidade do Morro do Gi, a pedra, que recebeu esse nome pela semelhança com um padre franciscano, equilibra suas 30 toneladas e desafia a lei da gravidade.

Medindo 9 metros de altura e 5 metros de diâmetro, o menir, palavra que vem do bretão e que significa pedra longa, é ainda mais intrigante, ao suportar uma rocha triangular sobre o topo, dando a impressão de ser uma tampa. O costão originou o nome da praia que o cerca, a pedra para os índios parecia uma parece um machado de pedra (Jy) na língua tupi-guarani.

Inúmeras versões e especulações giram entorno do surgimento da pedra, entre elas, a história de que há muitos anos, enquanto alguns sábios meditavam naquele lugar, começou uma forte tempestade que provocou uma espécie de avalanche de pedras que em vez de os atingirem, simplesmente pararam. Assim, elas teriam permanecido naquele local até hoje.

Para os nativos da região a pedra foi colocada estrategicamente pelos índios pré-históricos que habitavam o local há três mil anos.

Para a arqueologia, a Pedra do Frade foi obra da natureza. Seriam pedras que rolaram de uma colina e que por acaso uma ficou em cima da outra e que com o passar dos anos foram talhadas pela erosão e ação dos ventos. Embora seja a teoria mais oficial, ainda não é possível comprová-la.

Como chegar

A pedra está a, aproximadamente, 10 Km do centro de Laguna, na região norte do município. O acesso pode ser feito pela praia ou pela estrada da Praia do Gi, passando à esquerda pelo trevo do Laguna Internacional.

Texto: Taís Sutero – jornalista MTB 1796