Dia Estadual da Preservação do Boto Pescador
Neste dia 25 de maio, é lembrado como o Dia Estadual da Preservação do Boto Pescador.
Para lembrar a data, está sendo disponibilizado o projeto “Educar, Documentar e Valorizar para Preservar: Pesca artesanal com auxílio dos botos em Laguna”, inscrito em programa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O vídeo do projeto e o livro podem ser acessados por aqui. http://portal.iphan.gov.br/sc/noticias/detalhes/3933/livro-e-dvd-pesca-artesanal-com-auxilio-dos-botos-em-laguna
A cidade do litoral catarinense detém o título de “Capital Nacional dos Botos Pescadores” (Lei 13.818/2016) por desenvolver a pesca cooperativa da tainha com o golfinho da espécie Tursiops truncatus. Os botos, em um movimento sincronizado, cercam o cardume, o pescador aproveita e lança a tarrafa ao mar. Apesar de ser avistado em todo o litoral brasileiro, só na região do Canal da Barra, nos Molhes, o boto apresenta esse comportamento.
A data comemorativa estadual foi instituída pela Lei 17.084, de 12 de janeiro de 2017, a partir de um projeto de autoria do deputado José Milton Scheffer (PP). O objetivo é promover ações de conscientização sobre a importância da preservação da espécie para o desenvolvimento cultural e econômico da região. O projeto de lei foi sugerido por alunos da Escola de Educação Básica Ana Gondin, de Laguna, participantes de 21ª edição do Parlamento Jovem catarinense.
Projeto de reconhecimento
Projeto idealizado a partir do Programa Nacional de Patrimônio Imaterial (PNPI) do Iphan. Esse projeto sobre a pesca artesanal com auxílio dos botos em Laguna teve início em 2012 e resultou em um documentário de 17 minutos e um livro de pesquisa antropológica e histórica. As imagens foram feitas por jovens de comunidades pesqueiras da região, que participaram de oficinas de fotografia com o lagunense Ronaldo Amboni. A expectativa para o mês de junho, que a pesca artesanal do boto pescador seja reconhecida como patrimônio cultural e imaterial pela Fundação Catarinense de Cultura.
A proposta é que a pesca artesanal com auxílio dos botos em Laguna seja reconhecida pelo Iphan também como patrimônio cultural e imaterial brasileiro. “Isso parte de uma solicitação dos pescadores artesanais. Temos feito uma série de ações com eles e entidades de preservação ambiental. Fizemos um trabalho de base de entrevistas com pescadores artesanais, montamos uma equipe de jovens de comunidades locais, ensinando técnicas de fotografia e audiovisual, e realizamos a pesquisa antropológica. É praticamente um dossiê, uma fundamentação para o pedido”, ressaltou o idealizador e coordenador executivo do projeto, Wellington Linhares Martins.
Para o pesquisador de cultura açoriana, trata-se de uma manifestação cultural ímpar. “Nosso princípio é destacar essa interação única do pescador artesanal com os botos na cidade. Isso tem um significado especial para município. E essa transmissão de conhecimento tem que ser mantida, passada para próximas gerações”, frisou.
Fonte: Alesc