Vigilância epidemiológica alerta sobre os cuidados com o rotavírus

Cuidados com a higiene pessoal e a água, por exemplo, são alguns dos principais fatores para evitar a contaminação pelo rotavírus, transmitido por objetos, água e alimentos contaminados com o vírus. As fezes são grandes transmissores da síndrome.

Os sintomas variam de um quadro leve, apresentando diarréia líquida com duração limitada, e quadros graves com desidratação, febre, vômitos e fortes dores abdominais. “Os casos mais graves ocorrem em crianças menores de 2 anos, se ocorrer desidratação associada com desnutrição, pode levar a morte”, alerta o enfermeiro da vigilância epidemiológica do município, Marcos Zanoni.

A recomendação é procurar um médico assim que os sintomas aparecerem: “A hidratação é fundamental, além de uma alimentação leve e o médico deve receitar as medicações conforme a necessidade de cada um”, explica Marcos. Os sintomas podem variar de 2 a 14 dias.

Existem locais mais propícios ao aparecimento da síndrome como creches, escolas, hospitais, ambientes de trabalho e espaços fechados.

Vacinação

A primeira dose da vacina do rotavírus pode ser feita em crianças com até três meses de idade, e a segunda dose com até 5 meses. “Se passar desse prazo a vacina não pode ser mais feita, perde a validade”, explica o enfermeiro.

Uma pessoa pode ser contaminada pelo vírus mais de uma vez.

Medidas para prevenção:

1) Estímulo ao aleitamento materno parece ter fundamental importância pelos altos níveis de anticorpos contra o Rotavírus;
 
2) Encaminhamento imediato ao serviço médico de crianças com diarréia, e principalmente, das que convivem em creches, para o diagnóstico da doença e tratamento, bem como seu afastamento da creche para prevenir novos casos e surtos;

3) O médico deve levantar dados da história da doença, antecedentes epidemiológicos, que ao lado do exame clínico podem sugerir fortemente a infecção pelo Rotavírus, contudo, como as manifestações clínicas não são específicas, deve solicitar o exame de fezes, pois a confirmação laboratorial será necessária para confirmação da doença e para subsidiar a investigação a ser realizada pela vigilância epidemiológica.

4) Surtos de diarréia devem ser notificados imediatamente à Vigilância Epidemiológica do município.

5) As orientações para a população em geral em relação aos cuidados com a criança com diarréia por Rotavírus são os mesmos para as diarréias em geral, lembrando que os quadros podem ser mais graves em crianças menores de 2 anos. Mães de crianças com início de sintomas de diarréia ou vômitos, devem ser orientadas para oferecer imediatamente o soro caseiro ou sais hidrantes e água tratada para prevenir a desidratação, não suspender a alimentação e procurar imediatamente o serviço médico para o tratamento adequado.

Fonte: www.cve.saude.sp.gov.br