Dia de Combate à Violência e à Exploração Sexual Infantojuvenil
Nesta quinta-feira, dia 24, a secretaria municipal de Assistência Social irá promover uma panfletagem nas escolas da rede pública e particular para conscientizar professores, pais e alunos sobre o Dia Estadual de Combate à Violência e à Exploração Sexual Infantojuvenil.
O Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Laguna atendeu neste ano, 50 casos de abuso sexual e 11 de exploração sexual. A maioria das vítimas são meninas de 7 a 14 anos, sendo os molestadores, pessoas próximas da criança ou adolescente.
Nesta quinta-feira, as assistentes sociais, psicólogas e pedagogas, profissionais do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) estarão alertando a população sobre o caso da violência a crianças.
As denúncias anônimas podem ser feitas pelo telefone, através do número 100. O Creas funciona no primeiro andar do Centro Administrativo Tordesilhas.
A organização da mobilização e a produção de materiais informativos são iniciativas do Ministério Público de Santa Catarina e do Fórum Catarinense Pelo Fim da Violência e da Exploração Sexual Infanto-Juvenil.
O que é ?
Violência sexual infantojuvenil é qualquer ato de natureza sexual praticado contra criança e adolescente, seja pela força, ameaça, contra sua vontade ou mesmo com o consentimento deles.
Como ocorre ?
De duas formas: abuso sexual e exploração sexual
Abuso sexual é a utilização de criança ou adolescente, por um adulto ou mesmo por um adolescente, para a prática de qualquer ato de natureza sexual.
Exploração sexual caracteriza-se pela utilização sexual de crianças e de adolescentes, com a intenção do lucro ou da troca, seja financeira ou de qualquer outra espécie em redes de prostituição, pornografia, redes de tráfico e turismo sexual.
Como agir quando criança e ou adolescente são vítimas de violência sexual
Não critique nem duvide que ele/ela esteja falando a verdade;
Incentive a criança ou adolescente a falar sobre o ocorrido, mas não os obrigue;
Fale sempre em ambiente isolado para que a conversa não sofra interrupções;
Evite tratar do assunto com aqueles que não poderão auxiliar;
Denuncie e procure ajuda profissional;
Converse de um jeito simples e claro para que a criança e/ou adolescente entendam o que você está querendo dizer;
Não as trate com piedade e sim com compreensão;
Nunca desconsidere os sentimentos da criança e ou/ do adolescente;
Esclareça à criança e /ou ao adolescente que a culpa não é dela/dele.
Mito
O abusador sexual é um psicopata, um tarado que todos reconhecem na rua, um homem mais velho.
Realidade
Na maioria das vezes, são pessoas aparentemente normais e queridas pelas crianças e pelos adolescentes.
Mito
O pedófilo tem características próprias que o identifiquem
Realidade
Do ponto de viosta da aparência física, o pedófilo pode ser qualquer pessoa
Mito
É impossível prevenir o abuso sexual de crianças e adolescentes
Realidade
Há maneiras práticas e objetivas de proteger as crianças e os adolescentes do abuso sexual
Mito
O abuso sexual, na maioria dos casos, ocorre longe da casa da criança e /ou do adolescente
Realidade
O agressor sexual tem inteira responsabilidade pela violência sexual, qualquer que seja a forma por ele assumida
Mito
O abuso sexual se limita ao estupro
Realidade
Além do ato sexual com penetração, outros atos são considerados abuso sexual, como o manipulação de órgãos sexuais, a pornografia e o exibicionismo.
Mito
É fácil identificar o abuso sexual em razão das evidências físicas encontradas nas vítimas.
A organização da mobilização e a produção de materiais informativos são iniciativas do Ministério Público de Santa Catarina e do Fórum Catarinense Pelo Fim da Violência e da Exploração Sexual Infanto-Juvenil.