Percussionista Cyril Hernandez faz batucada à francesa em Laguna
Considerado um dos músicos mais inventivos da música contemporânea, o percussionista francês Cyril Hernandez se apresenta pela primeira vez no Estado, no tour performático ImaginaSom, por 10 cidades – Florianópolis, Concórdia, Lages, Rio do Sul, Blumenau, Brusque, Itajaí, Laguna, Tubarão e Xanxerê.
Em Laguna, no dia 2 de dezembro, às 20h, no espaço cultural do Iphan. Entrada gratuita.
No espetáculo, que integra a programação alusiva ao Ano da França no Brasil promovida pelo Serviço Social do Comércio Sesc em todo o país, Hernandez combina recursos multimídia e teatrais com influências da música contemporânea e pop.
Intérprete, improvisador e compositor, Hernandez busca suscitar, em seus espetáculos, um questionamento do espaço e do corpo. Ele trabalha com um processo de sonorização muito particular, microfonando o próprio corpo. Uma variedade de sons é produzida e recambiada para um sistema computadorizado, como um PlayStation, que permite que o músico faça loopings e delays .
Sua arte tem influências de variados estilos musicais e performáticos: desde a música clássica, com os pianistas Nelson Freire e Martha Argerich, até a música mais contemporânea, com Nicolas Frize, ou ainda a improvisação, com Bernard Lubat, passando pela música pop com Emilie Simon.
Desde 2006, Hernandez vem se dedicando à pesquisa de performances e instalações sonoras em espaços públicos. Entre 2007 e 2008, passou 6 meses no Brasil, apresentando o espetáculo e as instalações sonoras “Passarelas de ImaginaSom”, com participações de prestigiados percussionistas brasileiros como Marcos Suzano.
Entre os seus principais trabalhos, destacam-se Soli Mobiles-Solo Frappé, um solo de percussão e multimídia criado na França em 2003, e Multiples de Deux um espetáculo criado no La Villette de Paris, em 2005.
O artista já tocou para performances dos dançarinos Loïc Touzé, Julia Cima e Olivia Grandville. Ele compõe regularmente também para o teatro, já tendo trabalhado com Augusto Boal,Thierry Bédard, Jean-Luc Terrade e Gilles Bouillon.