Fundação Lagunense de Cultura vai comemorar o Dia Nacional do Samba

O Dia Nacional do Samba é comemorado em 2 de dezembro com eventos realizados nas principais capitais brasileiras. Laguna também realizará uma grande festa no dia 5 de dezembro, às 14h, no Mercado Público, preparado pela Fundação Lagunense de Cultura.

Entre as atrações estarão se apresentando um casal de mestre-sala e porta-bandeira e o grupo de samba Cavaquinho de Ouro. Serão feitas homenagens aos antigos carnavalescos de Laguna.

Como surgiu a data para comemorar o samba?

Enquanto Zé Kéti diz em Voz do Morro que Eu sou o samba, sou natural aqui do Rio de Janeiro, Vinícius de Moraes declara em Samba da benção, que “o samba nasceu lá na Bahia. E como o nascimento do samba é contado de diferentes maneiras, também é diversa a criação do Dia Nacional do Samba, comemorado em 2 de dezembro. Inicialmente declarado Dia do Samba no antigo estado da Guanabara e no município de Salvador (BA), a data passou a ser considerada nacional ao ganhar expressão em grandes cidades do país em meados dos anos 60.

Segundo registros cariocas, a data foi criada no Estado da Guanabara em 2 de dezembro de 1962, após a leitura da Carta do Samba escrito pelo folclorista Edison Carneiro, no encerramento do 1º Congresso Nacional do Samba. Contudo, o Dia do Samba só foi oficializado no estado da Guanabara em 1964, por aprovação de Projeto de Lei do então deputado estadual Anésio Frota Aguiar. O dia escolhido seria uma alusão à data anual de início dos ensaios das escolas de samba para o Carnaval, então definida pela Confederação Brasileira das Escolas de Samba.

Em Salvador a história é contada de maneira diferente. Por lá, o Dia do Samba foi comemorado pela primeira vez em em 2 de setembro de 1963 com decreto oficial, proposto pelo vereador soteropolitano Luís Monteiro da Costa. Segundo contam os baianos, a escolha da data é uma homenagem ao dia da primeira visita de Ary Barroso à Bahia que teria ocorrido em algum dia 2 de dezembro que a vida do compositor tratou de reservar e a história tratou de esconder. A chegada de Ary a Salvador teria ocorrido após suas composições sobre a Bahia já serem um sucesso. Sendo assim, o mineiro de Ubá teria escrito músicas sobre a terra de Caymmi sem mesmo conhecê-la.