Quarta-feira é dia de homenagear Santo Antônio
Na igreja de 1796, que abriga a imagem de Santo Antônio, o movimento será intenso nesta quarta-feira, dia 13, data destinada para homenagear o padroeiro da cidade. O feriado municipal deve levar os fiéis a participarem da missa às 10h, 15h procissão motorizada e às 19h30, trezena de Santo Antônio. Ao amanhecer terá fogos no alto do Morro da Glória e as igrejas de Laguna irão badalar os sinos.
A dona Marisa de Queiroz Ribeiro é devota fervorosa. Transformou a janela da sua casa num pequeno altar nos dias de festa. Na procissão do último sábado, quando a imagem do Santo Antônio passou em frente à sua casa, a senhora de 83 anos não conteve as lágrimas. “Hoje eu só quero agradecer pela minha saúde e a de meu esposo”, revelou, ao relembrar que há dois anos pediu a proteção de Santo Antônio para o marido que precisou de cirurgia para tratar um glaucoma.
A imagem de Santo Antônio exibida na procissão em Laguna foi esculpida em 1850, na Bahia. O padroeiro de Laguna segura na mão direita uma cruz, e na esquerda, as Sagradas Escrituras e o Menino Jesus. A festa de Santo Antônio dos Anjos teve início na época colonial. As primeiras edições eram apenas procissões no dia do padroeiro, 13 de junho, quando os fiéis reuniam-se na igreja e saíam com a imagem para abençoar a vila.
O Dia de Santo Antônio é comemorado a 13 de junho por ser a data de sua morte. Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, no dia 13 de junho do ano de 1231.
História
Fernando Martins de Bulhões, o Santo Antônio, nasceu em 1191, em Lisboa, Portugal. Filho único dos nobres Martinho de Bulhões e Teresa Taveira, desde pequeno demonstrava a religiosidade, o amor aos pobres e a habilidade em pregar.
Fez os primeiros estudos na Igreja de Santa Maria Maior, hoje Sé de Lisboa, sob a direção dos cônegos da Ordem dos Regrantes de Santo Agostinho. Poucos anos depois, pediu permissão para ser transferido ao Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra.
Formou-se em direito, teologia e filosofia. Possuía um conhecimento detalhado da Bíblia e de grandes pensadores. Por isso, era considerado doutor da Igreja. Em 1220, conheceu a Ordem Franciscana, recebendo, tempos depois, o hábito e o nome Antônio. Foi ordenado sacerdote em 1221.
Foi em Coimbra que Santo Antônio teve acesso aos corpos dos cinco primeiros mártires franciscanos de Marrocos. Ao ver os cadáveres, iniciou a própria missão em busca do martírio e dedicando a vida, totalmente, à Igreja.
Decidiu viajar para o Marrocos, onde seguiria sua missão, mas adoeceu e precisou voltar a Coimbra. Doente, faleceu em 1231, aos 36 anos, na Itália. O processo de canonização foi iniciado poucos dias após a sua morte, sendo reconhecido em 1232, menos de um ano de falecimento. Em 1946, o então Papa Pio XII proclamou o santo como Doutor Evangélico.
O santo ficou popularmente conhecido com Santo Antônio de Lisboa, Santo Antônio de Pádua, Santo dos Pobres ou, simplesmente, como o Santo Casamenteiro