Há 169 anos morria Anita Garibaldi
Na Itália, num dia frio e com perseguidores por toda a parte, morria Anita Garibaldi, em 4 de agosto de 1849, junto seu filho de poucos meses ainda no ventre.
Ela foi uma heroína e revolucionária, juntamente com o seu companheiro italiano Giuseppe Garibaldi, que conheceu aos 18 anos, em Laguna durante a durante a Revolução Juliana.
Tanto no Brasil como na Itália, Anita é considerada exemplo de dedicação e coragem.
Seu nome foi dado a dois municípios, ambos em Santa Catarina: Anita Garibaldi e Anitápolis. Monumentos na Itália e Brasil lembram a heroína.
Uma comitiva de Laguna está na Itália participando das homenagens a heroína lagunense.
Ela nasceu em Laguna em 30 de agosto de 1821. Data que a cidade irá comemorar neste ano dentro da programação da 37ª Semana Cultural.
Em Laguna, tem uma estátua em praça pública e museu Casa de Anita, que está passando por uma restauração.
Coragem
Assim que conheceu Giuseppe, Anita se apaixonou e decidiu lutar pela independência de Sanra Catarine e Rio Grande do Sul e de outros territórios, ela estava com 18 anos. Enquanto estiveram juntos, tiveram cinco filhos um deles morreu aos dois anos e outro junto com a mãe.
Anita seguiu seu marido nos combates em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Uruguai (Montevidéu) e Itália, onde presenciou a proclamação da República Romana, em 1849, mesmo ano da sua morte.
Em 2012, seu nome foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, em Brasília.
Vida
Ana de Jesus Ribeiro foi obrigada a casar-se aos catorze anos, com uma pessoa com quem não tinha a menor afinidade.
Era o ano de 1835, o prédio onde vestiu-se para o casamento, fica ao lado da igreja Santo Antônio, transformada num espaço histórico, a Casa de Anita.
Quatro anos depois, em 1839, Manuel se alista na Guarda Nacional do Império e deixa Laguna e Anna.
Foi o porto de Laguna que veria em 1839 transformar a pacata vila em cenário revolucionário. A República Rio Grandense fundada pelos farroupilhas precisava prosperar e, para isso, necessitava chegar até o mar. Os imperialistas controlavam os portos e rios do estado vizinho. Garibaldi e seus aliados tomaram Laguna em julho de 1839, intitulado a República Juliana.
Anita conhece Garibaldi e quatro meses depois, quando os revolucionários decidem sair de Laguna, a lagunense vai junto.
Com Garibaldi vai para Rio Grande do Sul, Uruguai e tem quatro filhos.
Batalha
No ano de 1849, Anita desembarca na Itália, com os filhos. Recebe como presente uma bandeira tricolor italiana. A campanha para a unificação da Itália estava crescendo. Na época, a península era um aglomerado de reinos dominados pelos austríacos contra a não unificação do território.
Numa destas batalhas, os austríacos saíram vitoriosos e Garibaldi não aceitou a derrota e partiu. Anita foi junto, vestida como homem. Foi sua última viagem. As cavalgadas noturnas, a má alimentação e as noites ao relento minaram sua saúde. Ela estava grávida do quinto filho. Ao chegar à República de São Marino, ardia de febre.
Em 1º de agosto, no litoral tomaram barcos para alcançar mais rápido Veneza, mas foram perseguidos por uma esquadra austríaca.
Dois dias depois chegaram a uma fazenda em Mandriole, perto de Ravena, Anita não resistiu e morreu.
O corpo da brasileira foi enterrado no cemitério da Igreja de San Alberto, em Madriole.
Em 1932, seus restos mortais ganharam um mausoléu em Roma.