Escritora da trilogia A Casa das Sete Mulheres vai estar em Laguna

A história de Anita Garibaldi recebeu um impulso midíatico no ano de 2003, com a minissérie A Casa das Sete Mulheres transmitido em 53 capítulos na tevê. Enredo baseado no livro da gaúcha Leticia Wierzchowski.

 

 

 

A escritora estará em Laguna no dia 30 de agosto, data do aniversário de 197 anos da heroína, às 14h, participando de um debate “As Anitas do Século 21”, dentro da programação da 37ª Semana Cultural. 

 

 

 

“Minha Anita é uma recriação baseada nos parâmetros históricos sobre ela, que são muitos poucos, pois a história foi escrita por homens para homens”, descreve. Esta contextualização Letícia pretende debater com o público na próxima quinta-feira.

 

 

 

A escritora já esteve na cidade, em momentos de passeio. Primeira vez como a escritora que descreveu um novo olhar de mulher corajosa e transgressora para Anita.

 

 

Novo livro

 

 

Em 2017, ela encerrou a trilogia com o livro A Travessia, depois de 15 anos, a saga da A Casa das Sete Mulheres foi completada.

 

 

 

Quando pesquisou a personagem feminina do romance acabou se apaixonando por Anita.

 

 

 

“Ela não tinha medo do que iriam dizer dela, se tinha, ignorava o medo. Ela peitava a vida e teve muitos dissabores, viveu muitos dramas, mas nunca perdeu sua coraram”, salientou na época do lançamento do livro.

 

 

 

O livro de 546 páginas narra a história de amor entre Anita e Giuseppe Garibaldi, que conviveram por 10 anos, lutando lado a lado em episódios como a Revolução Farroupilha (1835 – 1845) e a Unificação Italiana, concretizada em 1861.

 

 

“É uma história de amor, mas também de dois seres humanos muito diferentes do comum. Anita era uma mulher muito à frente de seu tempo. Hoje se fala muito em empoderamento feminino, mas ela já não aceitava que as mulheres se sujeitassem a determinadas regras sociais”, disse Letícia na época do lançamento.

 

 

 

 

Livros:

 

 

 

A Casa das Setes Mulheres – 2003

 

No sul do Brasil de 1835, ocorre a Revolução Farroupilha. É nesse cenário que a trama se desenvolve contemplando as perspectivas e vidas de sete mulheres da família do líder dos farrapos, Bento Gonçalves

 

Já Manuela, a filha mais velha de Dona Maria, se apaixonará por Giuseppe Garibaldi (Thiago Lacerda), um guerreiro revolucionário que luta contra a Tirania no mundo e é um dos principais aliados de Bento Gonçalves. Garibaldi pede a mão de Manuela em casamento, mas o pedido lhe é negado pela família da moça que estava prometida a Joaquim, filho de Bento Gonçalves. Convencido pela família de Manuela que isto era o melhor para ela, Garibaldi parte sozinho.

 

Vendo que sem Garibaldi seus dias são todos tristes e sem sentido, Manuela embarca em uma viagem rumo a Laguna para reencontrar seu grande amor, fazendo muito mais que uma simples viagem, mas uma jornada de auto-descoberta, amadurecendo e se tornando uma mulher independente.

 

Infelizmente, a essa altura Garibaldi já havia encontrado conforto e o amor nos braços de outra mulher, Anita, que é o oposto de Manuela, uma mulher revolucionária e guerreira, como ele. Manuela terá que lidar com a desilusão e a rejeição por toda uma vida.

 

 

Um Farol no Pampa – 2004

 

 

Com o término da Revolução Farroupilha em 1845 e a vitória do Império, os farroupilhas se viram derrotados não só pelo confronto, mas pelo tempo que fez de seus lares pobres estâncias de abandono e tristes lembranças. Um lugar onde as mulheres libertariam-se de seu confinamento mas jamais estariam a salvo de suas perdas, e assim a história continuaria a seguir… Uma nova jornada se iniciaria para os jovens aflitos.

 

O ano é 1902 e Antônio Gutierrez embarca para o sul do Brasil, levando em sua mala o testamento do pai, Matias, deixando para ele uma parte de sua vida, uma pequena estância nos pampas gaúchos e algumas cartas amareladas pelo tempo que revelariam ao jovem a essência de seu pai.

 

Paralelamente a esta história, somos levados a acompanhar a jornada de Matias, desde garoto até seus últimos dias de vida, sendo filho proibido de Mariana, sua história está sempre ligada a das sete mulheres e, futuramente, a de seu amor Inácia. Enquanto seu destino caminha, o Brasil ruma para a guerra do Paraguai. Somos sempre levados pelas cartas de Manuela através do tempo, dos amores e das angústias.

 

 

Travessia – 2017

 

 

O aguardado desfecho da saga A casa das sete mulheres. Giuseppe e Anita Garibaldi viveram e lutaram em três países diferentes- no sul do Brasil, à época da Revolução Farroupilha, em Montevidéu, no cerco de Rosas, e na unificação da Itália.

 

Apaixonados um pelo outro, Giuseppe e Anita foram verdadeiros amantes da liberdade. Tudo está no livro Travessia as grandes batalhas históricas e as pequenas batalhas do dia a dia.

 

 

 

Saiba mais sobre a escritora

 

 

Antes de se dedicar às letras, Wierzchowski estudou em uma faculdade de arquitetura, curso que não chegou a completar. Foi proprietária de uma confecção de roupas e trabalhou no escritório de construção civil de seu pai. Enquanto trabalhava neste último emprego, começou a escrever ficção.

 

 

Seu romance de estreia, publicado em 1998 e relançado em 2001, O anjo e o resto de nós, conta a saga da família Flores, ambientada no início do século XX no interior do Rio Grande do Sul.

 

 

Autora tem dezesseis romances publicados e quatro livros infantis.

 

 

 

Onde será o encontro ?

 

 

Dia 30 de agosto, dentro da programação da Semana Cultural

 

14h00min: Painel/Mesa Redonda: “As Anitas do Século 21”.

 

Ministrante: Letícia Wierzchowski, autora dos livros “A Casa das Sete Mulheres”

“Um Farol no Pampa” e “A Travessia”.

 

Local: Memorial Tordesilhas – Fundação Lagunense de Cultura.