Obras complementares, na BR-101, usam aterro especial
A construção de vias laterais em Laguna e Pescaria Brava, dentro do lote de Obras Complementares à duplicação da BR-101 Sul catarinense, está utilizando areia de decapagem para aterro compacto. O material que está sendo usado para elevar as bases das novas plataformas estradais é retirada de uma jazida particular licenciada em Barbacena (Laguna), que usa a decapagem na retirada da camada superficial do solo, imprópria para o uso comercial, mas propício para a utilização na construção rodoviária graças à alta capacidade de compactação.
Com o uso deste tipo de aterro, as obras complementares evitam que parte do material escavado tenha desuso, dando menor impacto ambiental para a obra e para a jazida escavada. Este tipo de serviço, com utilização de areia extraída na decapagem, forma as pistas de vias laterais no km 306, em Bentos e no km 322, em Taquaruçu (Pescaria Brava).
A jazida comercial licenciada, que envia o aterro usado no lote complementar, é um dos exemplos de escavações que deram forma para a duplicação, seja nas pistas ou na elevação de obras de arte especiais (OAEs), como os viadutos. Cerca de 122 jazidas não comerciais foram utilizadas para extração de solo durante a duplicação em Santa Catarina. Além destas, outras 26 jazidas, pertencentes ao trecho gaúcho também foram exploradas. Com o término das obras de adequação de pista e a execução das OAEs, todas as áreas de retirada do aterro, nos dois trechos, foram recuperadas.
Depois da recuperação ambiental, muitas das jazidas estão dando espaço para a construção de empreendimentos. Algumas empresas estão se instalando em áreas conformadas, aproveitando o terreno para construção de galpões, gerando emprego e renda para os municípios lindeiros da rodovia federal.
Acompanhamento ambiental
Para orientar as construtoras contratadas para a duplicação da BR-101 Sul, tanto em Santa Catarina quanto no trecho gaúcho, sobre as diretrizes necessárias para a obtenção de autorizações e licenças ambientais, o Plano Básico Ambiental (PBA) do empreendimento apontou o programa de Recuperação de Áreas Degradadas. O programa também direcionou a melhor estratégia para a recuperação das áreas que se propõem a utilizar, obtendo as licenças ambientais junto aos órgãos de proteção ambiental.
Dentre os serviços de recuperação ambiental das áreas de apoio, conhecidas como alojamentos, depósitos, usinas industriais, oficinas, armazenamento de combustíveis e materiais explosivos, jazidas de material de construção, caixas de empréstimo e bota-foras, inserem-se o preparo dessas áreas para reabilitação ambiental, que incluem a recomposição da camada de solo orgânico, a instalação de rede de drenagem, plantio de mudas arbóreas e arbustivas e hidrossemeadura, buscando restabelecer assim o aspecto cênico das áreas.
O programa foi supervisionado pelo Consórcio Concremat-Tecnosolo, contratado pelo DNIT para a gestão ambiental das obras de expansão rodoviária da BR-101 Sul.
Fonte: Comunicação DNIT/SC