Memorial será implantado na Estação Ferroviária de Cabeçuda

O Governo Municipal está requerendo a cessão da área da antiga estação ferroviária de Cabeçuda. A intenção é a implantação de um memorial da história da ferrovia e reativar a estação com o intuito de receber os turistas que realizam os passeios na linha férrea.

 

 

O pedido de 2018 foi feito ao Departamento Nacional de Infraestrutura e Trânsito (DNIT).

 

 

Na tarde desta quarta-feira, dia 23, a presidente da Fundação Lagunense do Meio Ambiente (Flama), Deise Daiana Xavier; a secretária de Planejamento Silvania Cappua; o assessor especial Hector Candemil, e o estagiário de engenharia Civil da Flama, Moacir Mafra, estiveram no museu da Ferrovia Tereza Cristina, em Tubarão, com o gerente de patrimônio e suprimentos, José Gilberto Machado, o diretor presidente da Ferrovia Tereza Cristina, Everaldo Luiz Barreto e a museóloga Slivana Silva de Souza, para verificação do projeto de reforma da Estação Ferroviária de Cabeçuda.

 

 No local, além do Memorial da História da Ferrovia, serão licitados dois ambientes para instalação de uma cafeteria e uma sala comercial destinada a comercialização de itens turísticos. A estação de Cabeçuda foi inaugurada em 1884.

 

 

Os representantes da Ferrovia Tereza Cristina salientaram da importância do cumprimento das normas da ANTC (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para que a Estação Ferroviária da Cabeçuda possa receber as locomotivas turísticas.

 


A prefeitura pretende também revitalizar a Praça Aparício Martins, bem como o sambaqui daquela região, tornando-os pontos turísticos da cidade. 

 

 

O Museu Ferroviário atualmente organiza passeio turísticos nos trens marias-fumaças, onde mais de mil pessoas percorreram o trecho entre Tubarão e Laguna no início deste ano. 

 

 

Um  pouco de história

 

 

A Estrada de Ferro Dona Teresa Cristina foi aberta por uma empresa inglesa em 1884, ligando o porto de Imbituba às minas de carvão de Lauro Müller.

 

 

 

A ferrovia passou para o Governo da República em 1903 e foi arrendada à E. F. São Paulo-Rio Grande em 1910.

 

 

 

Em 1918, o arrendamento foi passado para a Cia. Brasileira Carbonífera de Araranguá.

 

 

 

Com a construção de um ramal a partir de Tubarão ligando a linha a Cresciúma, em 1919, e o prolongamento até Araranguá em 1923, aos poucos o trecho Imbituba-Araranguá passou a ser a linha-tronco, transformando o trecho Tubarão-Lauro Müller num ramal.

 

 

 

Em 1940, a estrada passou a ser administrada novamente pelo Governo Federal, que em 1957 a colocou como uma das subsidiárias da recém-criada RFFSA.

 

 

 

Em 1975, oficialmente, o nome Dona Teresa Cristina desaparece e ela se transforma numa das Superintendências Regionais da RFFSA. Em 1996, foi concessionada pelo Governo para uma empresa privada, que hoje a administra sob o nome de Ferrovia Teresa Cristina.



 

Com o início da construção da Ponte Anita Garibaldi, o local serviu de base temporária para funcionários.

 

 

Hoje está desativada.