Horta é uma sala de aula ao ar livre. Três unidades escolares estão vivendo esta experiência

Alface fresca, cenoura bem alaranjada, salsinha com cheiro gostoso e couve sem agrotóxico. Não é uma feira, mas sim, a horta de três unidades escolares, cultivada por alunos e professores.

Na Escola de Educação Básica Nininha Guedes, na Barbacena, o projeto Horta Orgânica envolve 110 estudantes. Uma vez por semana, eles cuidam da horta, adubam e colhem quando é necessário. A professora de Ciências Scheila Preve incentiva os alunos no cultivo para ter uma alimentação saudável.

A atividade também é uma ferramenta pedagógica para trabalhar valores humanos como paciência, responsabilidade, autonomia, cooperação e resiliência.

Na Escola Iracy Virgínia Rodriguês, na Barranceira, o terreno ao lado da escola virou uma horta comunitária. As crianças ficam orgulhosas pelo trabalho, explicou a professora Scheila.

Na Escola Elizabeth Ulysseá Arantes, no Portinho, a professora Denise Farias, com orientações da engenheira agrônoma, Marluci da Silva, cultiva horta no pátio da escola.

A intenção das educadoras é inspirar mudanças de comportamentos como alimentação mais nutritiva, maior aproximação e respeito com a natureza, diminuição do desperdício de alimentos e até um aumento na qualidade de vida das pessoas.

De acordo com alguns estudos publicados recentemente, crianças que convivem com espaços naturais tendem a zelar por sua preservação, pois criam um vínculo afetivo e de pertencimento à natureza. Além disso, apresentam melhora em seu desempenho escolar, em seu autocontrole e autodisciplina.

Frutas e verduras na merenda escolar

Quinzenalmente chegam nas escolas itens da agricultura familiar e pequeno empreendedor rural para a merenda escolar. O consumo de frutas e verduras é incentivado o ano todo nas 24 unidades escolares envolvendo mais de mil alunos, de 0 a 14 anos.

A nutricionista da Secretaria de Educação Lais Bragagnolo explica que o consumo insuficiente de frutas, legumes e verduras está entre os dez fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas.

A ideia é, juntamente com os profissionais da educação, contribuir com a formação de hábitos alimentares saudáveis nas crianças matriculadas nas unidades escolares.