Caminhada para o Farol de Santa Marta neste sábado. 18km pelas praias.
Antiga trilha dos marinheiros que cuidavam do Farol de Santa Marta e precisavam se deslocar até o centro de Laguna numa caminhada de 18km por sete praias, a caminhada tem outro objetivo nos dias atuais, mas o contato com a natureza, liberdade e busca pelo caminho saudável permanecem, com maior número de pessoas. Média de 200 caminhantes.
Neste sábado, dia 25, ocorre a 20ª Caminhada do Farol, saída às 8h, na igreja da Ponta da Barra, previsão de chegada às 13h, no Morro Azul, no Farol de Santa Marta.
Os participantes podem fazer a travessia até a Ponta da Barra utilizando o bote ou a balsa.
Não existe inscrição, a organização solicita a doação de um quilo de alimento, que será entregue para uma instituição de caridade. O Corpo de Bombeiros auxília no trajeto.
A caminhada começa pela praia do Gravatá, passando pelas praias do Siri, Tereza, Ilhota, Ipuã, Galheta, Praia Grande e chegada no Farol de Santa Marta.
Nativos
Na década de 70, também era comum entre os nativos do sul de Laguna percorrer o trecho em busca de peixes, siris ou dar uma volta no Farol de Santa Marta. Hoje, o trecho é feito por caminhantes, surfistas e moradores sem pressa para chegar ou ir. “Não é cansativo. Vamos devagar, batendo papo e observando a natureza”, conta Claúdia Assunção, já fez a caminhada quatro vezes.
Segundo os organizadores, o evento é destinado ao público em geral, o objetivo da atividade é promover a cooperação, o respeito à natureza, contemplação e lazer. Eles recomendam usar tênis confortável, protetor solar, levar água, roupas leves e um pequeno lanche, a critério de cada caminhante, para o momento de integração e partilha entre todos os participantes.
Morros e novas amizades
Um dos pontos mais admiradoras é o morro entre a Praia da Tereza e Siri, onde observa-se a imensidão das areias brancas e águas claras, das agrestes praias do Gravatá e Siri.
No Morro da Ilhota, os participantes se divertem com as formações rochosas, com figuras de índios, cerébros, tartarugas, ou ainda o que a imaginação deixar.
Entre uma passada e outra, novas histórias e amizades surgem. Trocas de redes sociais e muita foto compartilhada. Outros preferem o silêncio com o caminhar uma meditação. ” Tenho meus momentos de reflexão solitária e de socialização. Sou uma outra pessoa a cada caminhada”, descreve Ana Lúcia, 47 anos, há 10 participa da aventura.
Na praia do Ipuã, tradicionalmente, ocorre uma parada para lanche coletivo e conhecer melhor os integrantes, oriundos de várias cidades da região.
Na praia da Galheta, por volta das 12h, pausa para recarregar as baterias e matar a sede, num único local de abastecimento, antes da caminhada maior pela Praia Grande, trecho com dunas e paisagens intocavéis.
A chegada ao Morro Azul, lado norte, do Farol de Santa Marta, está prevista para 13h. No pé do morro, o grupo realiza um ritual, onde uma concha colhida na primeira caminhada há 20 anos, guardada numa pequena caixa de madeira como um amuleto, é apresentada ao grupo, e o novo líder voluntário para 2021 é escolhido e recebe o símbolo da trilha.
Texto e fotos: jornalista Taís Sutero MTB 1796