Semana de combate ao mosquito da dengue alerta para o aumento da doença em SC

O Governo do Estado em parceria com os municípios estará promovendo a partir de segunda-feira, dia 30, até 5 de dezembro, a Semana Estadual de Mobilização para o Controle do Aedes aegypti, com objetivo de envolver toda a população na prevenção do mosquito transmissor da dengue, zika vírus e chikungunya.

  

No ano de 2020, Santa Catarina registrou um aumento no número de focos do Aedes Aegypti  e consequente crescimento nos casos de dengue. Foram registrados mais de 30 mil focos em 192 municípios, com mais de 11 mil casos de dengue, a maioria autóctones, ou seja, que foram contraídos no próprio estado.

 

Neste ano, Laguna não teve registro de nenhum foco do mosquito, mas registrou dois casos importados de dengue (pessoas que viajaram para outros estados e voltaram infectadas).

 

“A Campanha visa reforçar a chegada do período de maior incidência do mosquito e a importância da prevenção, que se dá pela eliminação do foco onde o mosquito se reproduz. Assim, também se reduz a possibilidade de transmissão da dengue, zika vírus e chikungunya”, reforça João Augusto Fico, Gerente de Zoonoses da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde.

 

“É importante enfatizar a responsabilidade de cada cidadão no controle do Aedes aegypti, orientar que pelo menos 1 vez por semana façam uma inspeção geral em seus imóveis, ficando atentos aos potenciais locais de risco para o desenvolvimento do mosquito”, destacou a coordenadora do Programa de Combate à Dengue de Laguna, Mathie Alves Rossini Corrêa.

 

Como o Programa de Combate à Dengue atua em Laguna?

 

De acordo com a coordenadora, as atividades do programa não foram interrompidas em função da pandemia. “Mantemos a rotina das ações de vigilância, até porque a situação tanto do número de focos do mosquito quanto de transmissão de dengue no estado está bem séria”.

 

•             O  Programa fiscaliza 146 armadilhas instaladas, as quais são inspecionados de 7 em 7 dias; e 31 pontos estratégicos (cemitérios, borracharias, ferros velhos…), locais especialmente vulneráveis à introdução do vetor, inspecionados de 14 em 14 dias.

 

•             Além das ações de vigilância em armadilha e pontos estratégicos que são rotina, conforme a demanda, são realizadas identificações de denúncia e pesquisa vetorial especial quando há suspeita das doenças – dengue, febre de chikungunya e zika vírus.

 

O Aedes aegypti

 

O mosquito transmissor do vírus da dengue, zika e chikungunya é o Aedes aegypti. Ele se caracteriza pelo tamanho pequeno, cor marrom médio e por nítida faixa curva branca de cada lado do toráx. Nas patas, apresenta listras brancas.

 

As fêmeas do mosquito necessitam do sangue humano para a maturação dos ovos. Dessa forma, é nesse momento que pode ocorrer a transmissão das doenças (tanto da transmissão do vírus aos seres humanos, como a infecção do mosquito ao picar uma pessoa doente no período de viremia).

 

A fêmea deposita até 100 ovos nas paredes internas de recipientes que tenham ou que possam acumular água. A fêmea escolhe mais de um local para realizar cada postura, o que garante maior sucesso reprodutivo, ou seja, podem nascer insetos de vários recipientes no mesmo ambiente. Nesses locais os ovos podem durar até um ano e meio. Em contato com a água, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas. Delas, surge o adulto num ciclo de, aproximadamente, 7 dias. “Por isso, é tão importante que cada um observe o seu ambiente ao menos uma vez por semana, para eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti”, reforça o gerente.

 

O Aedes aegypti tem como criadouros os mais variados recipientes que possam acumular água parada. Os mais comuns são pneus sem uso, latas, garrafas, pratos dos vasos de plantas, caixas d’água descobertas, calhas, piscinas e vasos sanitários sem uso. A fêmea do mosquito pode, também, depositar seus ovos nas paredes internas de bebedouros de animais e em ralos desativados, lajes e em plantas como as bromélias.

 

 Prevenção

 

• Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;

 

• Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;

 

• Mantenha lixeiras tampadas;

 

• Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;

 

• Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água.

 

• Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;

 

• Mantenha ralos fechados e desentupidos;

 

• Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;

 

• Retire a água acumulada em lajes;

 

• Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;

 

• Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;

 

• Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.