Manutenção dos museus: “Como se tivesse guardando um tesouro”

A Casa de Anita e Museu Histórico estão fechados. O coronavírus paralisou o turismo pedagógico de estudantes e visitantes curiosos pelas histórias de Laguna e seu patrimônio cultural. Por dia, o centro histórico já chegou a receber 200 visitantes, maioria de escolas de toda a região. Museus estão sem receber turistas desde o início da pandemia, em março de 2020. 

 

Na espera dos visitantes e na esperança por dias melhores, o pessoal da manutenção zela com panos, vassouras, pás,  baldes e muito cuidado o patrimônio cultural de Laguna, um dos mais importantes do Brasil. “Como se tivesse guardando um tesouro”, narra a alegre dona Tita, a Edenilse de Oliveira, 50 anos, três filhos, moradora do bairro Portinho, há 3 anos no Museu Histórico, na praça da República.

 

Dois andares, com peças importantes, como a mesa onde foi assinada a independência de Laguna, do restante do Brasil, a República Catharinense Livre e Independente, em 1839.

 

Armas antigas, bandeiras, resquícios dos primeiros habitantes do município compõem o acervo. 

 

Quadros e louças dos moradores em vários períodos da história também. 

 

A seção dos utensílios domésticos, que Tita, gosta de limpar. Com o colorido das louças que imagina como era viver na cidade em séculos passados. Outra paixão é o piso de madeira da parte superior do museu. “Acho a coisa mais linda. Passo a cera com gosto, lembro da minha infância na casa dos avós”, conta ela, que recebeu orientações de quais produtos podem ser usados e outros cuidados especiais no prédio tombado de 1735.

 

Na Casa de Anita a limpeza é com a Ilze Maria, várias vezes na semana ela tira o pó, varre e abre as janelas no silêncio sem as vozes dos visitantes, que faziam fila na frente do prédio amarelo. 

 

Na residência típica colonial luso brasileira construída por volta de 1711, onde estão expostos painéis com a saga de Anita: seu nascimento, casamento, as batalhas, amor por Giuseppe Garibaldi e sobre a sua família.

 

É do lado de Anita Garibaldi, numa pintura feita por Gaetano Gallino, em 1845, em Montevidéu, o retrato mais fiel da lagunense de acordo com os historiadores, Ilse costuma pensar na força que precisa para passar pela pandemia e proteger sua família.

 

Dois jardineiros cuidam do pátio ao som dos passarinhos, de segunda a sexta-feira. 

 

A presidente da Fundação Lagunense de Cultura, Vanere de Almeida, ressalta a importância da manutenção para zelar pelo patrimônio. 

 

 

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