Anita Garibaldi várias guerreiras pelo município em suas lutas diárias

Mês de março período para homenagear mulheres. Laguna tem exemplo de guerreira que fez história mundial, Anita Garibaldi, nascida há 200 anos, é lembrada em praça pública, filmes, séries e nos livros de história.

 

Atualmente, a batalha diária de mulheres não tem armas e canhões, mas segunda elas mesmas, a força e coragem são iguais. O município tem mais de 26.200 mil mulheres, de acordo com o IBGE.

 

Mulheres em época de pandemia mostram ainda mais sua garra e força. Maioria na linha de frente do combate ao vírus e suas consequências. Grande parte trabalhando em meio as estatísticas crescente de contágio.

 

A coordenadora Mari Rodriguês, do setor de Imunização, da Secretaria de Saúde, 28 anos de serviço público, diz que é uma guerra diária “muita força de vontade e resiliência”.

 

“Morrendo de medo de levar a doença pra casa, por preocupação com os familiares, mais não esmorecendo, sei que vacinando o máximo de pessoas, acabaremos com essa pandemia. Tenho orgulho de fazer parte de tudo isso”, conta.

 

 

Uma batalha que mulheres lagunenses conhecem bem. Grande parte delas no setor de prestação de serviços.

 

 

A doméstica Sônia Farias, 45 anos, faz faxinas em prédios no Mar Grosso. Limpa os corredores e elevadores. Passou a temporada receosa, sua luta diária é levar comida para os filhos com um salário mínimo.

 

 

 Guerreira 

 

 

Ao conhecer, o museu Casa de Anita, o visitante seria recepcionado pela Ilse Maria Westonhofen, 51 anos, sorridente e conhecia a história da heroína de dois mundos, mostrava o prédio e tirava dúvidas dos curiosos. Com a pandemia, ela continuou no museu. Com as portas fechadas sem poder receber o público, Ilse limpava o local, cuidando da manutenção.

 

Semanas antes de ser internada com covid, Ilse prestou depoimentos sobre Anita durante uma passada de pano e outra e tirou fotos. “Eu sempre achei a Anita muito bonita e corajosa. Gosto de contar sua história e dizer que ela se vestiu de noiva aqui”.

 

Dias depois deste depoimento, Ilse passou a sofrer com sintomas do covid. Seu marido foi para o hospital, dias depois morreu.

 

 

A servidora pública ficou semanas lutando pela vida, mas nesta segunda-feira, dia 8, não resistiu e faleceu.

 

 

A Fundação Lagunense de Cultura fez homenagem a Ilse, no local que ela tanto gostava. Uma salva de palmas e lágrimas. Há 3 anos e nove meses era funcionária pública.