Baleia-Jubarte é encontrada morta na Praia Grande, em Laguna

Foi registrada nesta sexta-feira (23) o encalhe de uma baleia-jubarte (espécie Megaptera novaeangliae) na Praia Grande, em Laguna, região do Farol de Santa Marta. O mamífero juvenil, macho, com mais de 7 metros de comprimento e 8 toneladas já encalhou sem vida, em avançado estado de decomposição.

 

Por esse motivo, a definição da causa da morte fica prejudicada, porém a avaliação preliminar identificou uma fratura no crânio. Mesmo assim, seguindo o Protocolo de Encalhes da APA da Baleia Franca foram coletadas amostras biológicas para análise.

 

“Após as coletas é necessário a destinação adequada da carcaça. Segundo o protocolo sugere-se o enterro na praia em local isolado, de preferência próximo as dunas móveis, na base da estrutura”, informou o Coordenador Unidade de Estabilização de Fauna Marinha da Udesc, Dr Pedro Volkmer de Castilho .

 

A retirada do animal e enterro feito pela equipe da unidade precisou de autorização ambiental da Fundação Lagunense do Meio Ambiente (Flama) para destinação adequada da carcaça.

 

A autorização do órgão ambiental municipal também é necessária por ocorrer numa Área de Preservação Permanente (APP), tendo como condicionante a apresentação de um relatório comprovando a destinação final da carcaça, no prazo de trinta dias.

 

A ação foi coordenada pela Udesc Laguna, através do Laboratório de Zoologia, com apoio do Projeto de Monitoramento de Praias (PMP), Flama, Secretaria de Obras e Secretaria Estadual de Infraestrutura.

 

Saiba mais sobre a baleia-jubarte:

A baleia jubarte é uma espécie cosmopolita, habita todos os oceanos. Assim como algumas outras espécies de baleias, a jubarte realiza uma migração anual. Durante o verão ela se dirige às águas polares para se alimentar e durante o inverno migra para águas tropicais e subtropicais para acasalar e dar à luz. Assim, no hemisfério sul as jubartes chegam por volta de junho/julho e permanecem até novembro/dezembro, quando retornam para as áreas de alimentação. A espécie se reproduz ao longo da costa nordeste do Brasil e o Banco dos Abrolhos é o maior berço reprodutivo do Atlântico Sul.