Agosto Lilás: Mês de conscientização ao combate à violência contra as mulheres encerra com ação entre a Secretaria de Assistência Social, Polícia Civil e Polícia Militar

Violência contra as mulheres, uma luta de todos! Encerramos hoje (31), o Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização e combate a violência de gênero. Pela manhã, as equipes da Secretaria de Assistência Social, representada pelo CREAS, CRAS I e CRAS II, com apoio da Polícia Civil e Polícia Militar, estiveram nas ruas conversando com a população acerca do tema. Mais de 300 kits com panfletos sobre orientações, máscaras e álcool em gel também foram distribuídos. 

 

A iniciativa marca o fim da campanha, mas a luta pelo fim da violência contra as mulheres deve ser combatida todos os dias, como lembra o secretario de Assistencia Social, Enivaldo Torres. “A Assistência Social trabalha arduamente de forma mais humanizada para que as mulheres atendidas nesta situação saiam e mudem de realidade”, esclarece Torres. 

 

A ação, que visou interligar vários setores da sociedade, foi organizada pelo CREAS, Centro de Referência Especializado de Assistência Social. “Uma daos diferencias desta campanha é a união de forças entre CREAS, CRAS, Polícia Civil e Polícia Militar. Órgãos responsáveis pelo atendimento e acolhimento de vítimas, então fazer esse trabalho envolvendo a rede de atendimento é o melhor direcionamento para as políticas públicas ao combate de violência contra a mulher”, explica Guilherme Medeiros, Coordenador CREAS. 

 

Violência doméstica, como reconhecer? 

 

O apoio psicológico também é essencial no atendimento às mulheres agredidas, conforme declara a psicóloga e policial civil, Gisela Goshnheimer, que grande parte das vítimas que chegam na delegacia apresentam o mesmo padrão. “Na maioria, são mulheres dependentes financeiramente, com baixa escolaridade e que muitas vezes presenciaram relações abusivas entre os pais quando criança e naturalizam a violência”. 

 

Ainda de acordo com a policial civil, dissertar sobre o perfil do agressor, é difícil fazer,  mas ela ressalta que muitos apresentam problemas com drogas e álcool que influenciam no comportamento agressivo. 

 

Outra característica é que os abusos acontecem de maneira progressiva. “Primeiro começa com o abuso psicológico, depois o agressor se arrepende, pede desculpas e diz que não fará mais. Então, o casal vive um momento de ‘lua de mel’, até que ele volta a ser abusivo e, muitas vezes, violento”, diz Goshnheimer. 

 

Sala de Apoio Anita Garibaldi

 

Não por acaso, no dia 30 de agosto, no bicentenário de Anita, a Delegacia de Polícia Civil em Laguna, inaugurou a sala de apoio Anita Garibaldi. “Este espaço foi voltado para uma proposta de atendimento mais humanizado, com um olhar mais sensível e diferenciado, para que todas as mulheres que solicitem apoio se sintam mais amparadas e acolhidas. Laguna, historicamente tem uma força feminina muito grande, até mesmo pela Anita Garibaldi, e devemos continuar nos unindo para acabar com a violência doméstica”, encerra Gisela. 

 

Denuncie

 

Mulheres, vocês não estão sozinhas! Existem várias equipes prontas e preparadas para atender vítimas de abuso físico e psicológico. Ligue 180 e peça ajuda! Denunciar casos de relações abusivas que você conhece também faz parte do combate à violência de gênero. Não se omita e denuncie!