Flama e parceiros avaliam projetos de restauração de mangues para gerar créditos de carbono
A Fundação Lagunense do Meio Ambiente (Flama) recebeu, na semana passada, representantes do Instituto Çarakura, de Palhoça, do Grupo Holândes Climate Neutral Group e da Silvestrum Climate Associates (Europa e EUA) para avaliarem a possibilidade de implementar projetos de conservação e restauração ambiental dos manguezais e marismas da cidade, com apoio financeiro da emissão de créditos de carbono.
Após a reunião, que também contou com a participação da Secretaria de Pesca e Agricultura (Sepagri), a equipe fez uma vistoria técnica na foz do Rio Tubarão, analisando antigas áreas de manguezais e marismas que foram transformadas em tanques de produção de camarão, assim como áreas onde o mangue está mais preservado.
Os manguezais e marismas são áreas com grande importância ecológica como berçários de espécies e também pela alta capacidade de retirar da atmosfera os gases responsáveis pelas mudanças climáticas. A expectativa é que a destinação dessas áreas a um projeto de restauração ambiental possa trazer benefícios à preservação da Lagoa Santo Antônio dos Anjos, às atividades de pesca na região e também o retorno financeiro através da emissão de créditos de carbono.
Em março, o biólogo João Gabriel da Costa e o geólogo Alexandre Zaremba Saad já haviam apresentado informações sobre os mangues e marismas da cidade durante o evento “Maré da Restauração: Carbono Azul e as Oportunidades para a Restauração dos Ecossistemas Costeiros”, realizado na Palhoça, organizado pelo Instituto Çarakura.