Cuidados devem ser redobrados com a dengue

Com mais de mil casos de dengue já confirmados em Santa Catarina, a Defesa Civil estadual emitiu na última semana um alerta sobre o tema.

 

De acordo com o órgão, todo o estado está em nível muito alto (cor vermelha) para a contaminação e orienta para que seja redobrado os cuidados para não deixar recipientes com água parada e recomenda o uso de repelentes em todas as regiões de Santa Catarina.

 

Em Laguna, segundo o mais recente boletim de controle da dengue, são três focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, sendo dois em Cabeçuda e um no bairro Caputera. Os dados são da Diretoria de Vigilância Epidemilógica de Santa Catarina (DIVE).

 

Ao todo, a cidade conta com cinco agentes epidemiológicas que monitoram a cada sete dias 132 armadilhas espalhadas em 32 pontos estratégicos, como cemitérios, ferros- velhos, etc. Outros locais devem receber em breve mais armadilhas ao longo da semana, bem como palestras orientativas nas escolas do município.

 

Segundo o Programa de Combate à Dengue (PCD) , um caso de febre chikungunya foi confirmado durante o Carnaval, de um paciente vindo da Bahia.

 

“A situação em alguns municípios é mais complexa, como é o caso de São José e Palhoça. Precisamos intensificar as ações do Estado com esse conjunto dos municípios. Por isso, trabalharemos com ações coordenadas que ultrapassam as secretarias de saúde do estado e dos dois municípios, mas também junto com a assistência social e com as demais estruturas de governo para que a gente possa minimizar os efeitos e evitar o máximo possível óbitos causados por dengue, uma doença que você pode prevenir”, afirma Carmen Zanotto, secretária de Saúde de SC.

 

Dengue


Em 2022, o estado bateu recordes de casos de dengue. Foram confirmados 83.276 casos, com 90 óbitos. A melhor forma de prevenir a dengue é eliminar locais que possam acumular água e servir de criadouro para o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

 

Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40° C) de início abrupto, que tem duração de dois a sete dias, associada à dor de cabeça, fraqueza, a dor no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Manchas pelo corpo estão presentes em 50% dos casos, podendo atingir face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem estar presentes. Na presença desses sinais e sintomas, o paciente deve procurar o serviço de saúde o mais breve possível para evitar o agravamento do quadro.

 

Apesar de não haver um medicamento específico contra o vírus da dengue, o diagnóstico precoce é muito importante para reduzir o risco de dengue grave e de morte pela doença. A hidratação é o principal tratamento contra a dengue.

 

A DIVE/SC ainda orienta os profissionais de saúde do estado a utilizar o fluxograma de classificação de risco e manejo do paciente com dengue, disponível aqui, mantendo atenção especialmente para grupos como crianças, gestantes, idosos e pessoas com comorbidades, assim como para os sinais de alarme e gravidade da doença.

 

Confira aqui o último informe epidemiológico da dengue.

 

Prevenção


– Evite usar pratos nos vasos de plantas. Se usar, coloque areia até a borda;


– Guarde garrafas com o gargalo virado para baixo;


– Mantenha lixeiras tampadas;


– Deixe os tanques utilizados para armazenar água sempre vedados, sem qualquer abertura, principalmente as caixas d’água;


– Plantas como bromélias devem ser evitadas, pois acumulam água;


– Trate a água da piscina com cloro e limpe-a uma vez por semana;


– Mantenha ralos fechados e desentupidos;


– Lave com escova os potes de comida e de água dos animais, no mínimo uma vez por semana;


– Retire a água acumulada em lajes;


– Limpe as calhas, evitando que galhos ou outros objetos não permitam o escoamento adequado da água;


– Dê descarga, no mínimo uma vez por semana, em vasos sanitários pouco usados e mantenha a tampa sempre fechada;


– Evite acumular entulho, pois podem se tornar criadouros do mosquito.