Redes do Bem: segunda oficina com redes de pesca resulta em novos modelos de artesanatos

O projeto “Redes do Bem: O Nylon que Mata e Polui sendo transformado em Arte”, desenvolvido pela Flama, através da assessora de projetos Denise Barreto Pegorara, em parceria com a Udesc, Epagri e Secretaria Municipal de Pesca (Sepagri) realizou, nesta semana, a segunda oficina de artesanato na comunidade de Barranceira, para o grupo de Mulheres “Vida Nova”.

“Apresentamos um material sobre as possibilidades de reaproveitamento das redes de nylon chamadas “feiticeiras”, que servem para pescar peixes como anchova, tainha, bagre e as de nylon mais concentradas, as azuis, que são usadas na pesca do camarão. O projeto “Redes do Bem” tem por objetivo conscientizar o pescador e as comunidades em geral para o cuidado com o meio ambiente e o Complexo Lagunar com olhar para o descarte consciente das redes de pesca que servirá como matéria prima para ser transformado em arte”, ressaltou a organizadora do projeto, Denise Pegorara.

“Algumas mulheres do grupo são pescadoras, exemplo da dona Geni de Abreu Elíbio, presidente do grupo que trabalho com artesanato em tricô e crochê, e ela quer aprender a trabalhar com as redes de pesca”, conta Denise.

A artesã Sabrina Tolotti ministrou a oficina de hoje, onde elas produziram colares, pulseiras e até saída de praia. Na última semana, fizeram bucha de limpeza, bolsa, colar e porta sabonete. A última oficina será no dia 05/12.

“O projeto “Redes do Bem” foi criado a partir da identidade que o município de Laguna tem com a cultura pesqueira. A proposta do projeto tem um direcionamento que envolve as questões ambientais de preservação das espécies das nossas lagoas e oceanos, com a ideia de transformar as redes de pesca, que são feitas de material sintético como o plástico, em produtos utilizáveis, promovendo a valorização da cultura local”, destacou Denise.

O nylon quando passa pelo processo de reciclagem e transformação de produtos de diversos seguimentos, oferece diversas vantagens, como resistência, rigidez, absorção de água, baixo impacto ambiental, entre outros benefícios. Por isso, em parceria com artesãs e com apoio da Udesc, o projeto buscará transformar esse material em arte.